O cantor, humorista, arquiteto e apresentador cearense Falcão foi o convidado do Conexão Assembleia, programa multiplataforma da rádio FM Assembleia, apresentado pela jornalista Kézya Diniz, desta segunda-feira (23/05). Em sua participação, o entrevistado contou como vem conseguindo adaptar o seu trabalho diante da pandemia de Covid-19, explorando cada vez mais os recursos digitais.
Segundo ele, as pessoas que nasceram do ano 2000 para cá já vivem dentro desse meio de comunicação que é a internet, e a sua geração recentemente começou a descobrir a potencialidade do mundo digital.
“Nós, mais velhos, não temos tanto traquejo com a internet. De uns tempos para cá que comecei a me enveredar pelo lado ‘internético’, utilizando YouTube e Instagram e criando alguns programas”, comentou Falcão, complementando que antes da pandemia estava gravando uma série de televisão com grandes produtores de conteúdo on-line, que o ajudaram bastante nesse sentido.
“Eu estava gravando para o Multishow o seriado ‘Os Roni’, com o pessoal mais craque em internet, como Whindersson Nunes, Gkay e Tirullipa, que me deram verdadeiras aulas de como incrementar minhas redes sociais”, detalhou o humorista.
Falcão também falou sobre a sua carreira como ator, salientando que ainda está em processo de descoberta no campo da atuação. Ele adiantou que está gravando a segunda e a terceira temporadas da série “Cine Holliúdy”, que migrou dos cinemas para a TV. “Fui convidado pelo diretor Halder Gomes para fazer o primeiro 'Cine Holliúdy', e depois fiz 'O Shaolin do Sertão' e outras produções. Uma outra série, 'O Cangaceiro do Futuro', ainda está para estrear, mas na verdade ainda estou me descobrindo como ator, ainda estou boiando e aprendendo para que, em breve, eu possa me tornar um Marlon Brando cearense”, brincou.
Sobre a atuação nas telas, Falcão citou as dificuldades para decorar textos e incorporar novos personagens, mas destacou a importância das preparações de elenco e da generosidade de colegas mais experientes nos sets de filmagem.
O convidado também abordou as principais diferenças entre as produções para o cinema e para a TV no que diz respeito às improvisações. “A TV é uma coisa industrial, é produção em série, é uma linha de montagem, enquanto o cinema é mais elaborado, mais detalhado”, destacou, citando que as novelas costumam gravar 40 cenas por dia, enquanto no cinema são gravadas no máximo dez.
“Tudo isso depende muito dos diretores. O Halder Gomes, por exemplo, conhece a linguagem cearense e ele gosta quando colocamos cacos e improvisos. Em uma série da Globo já vemos uma diferença nítida, sendo muito mais difícil colocar cacos, já que é necessário seguir certos princípios éticos”, revelou o humorista.
Falcão falou ainda sobre a sua experiência como apresentador e entrevistador, ressaltando o sucesso do programa Leruaite, exibido pela TV Ceará. “É um talk show diferente, em que inventamos todo tipo de coisa, e é muito bom fazê-lo em uma TV como a TVC, porque vamos aprendendo. Não era a minha primeira experiência em televisão e fazer o Leruaite é como estar em uma roda de amigos em um bar, conversando”, admitiu.
Sobre projetos futuros, ele adiantou que em breve será lançado o longa-metragem “Bem-vindo a Quixeramobim” e que a sua carreira musical também promete novidades. “Estou pensando em lançar algumas músicas, sendo uma de um compositor amigo de Sergipe, chamada ‘She Beautiful’, que é uma história muito engraçada e acho que vai dar o que falar, além de outras que estou compondo com o Tarcísio Matos”, informou.
CONEXÃO ASSEMBLEIA
O Conexão Assembleia é um programa multiplataforma da rádio FM Assembleia (96,7MHz), transmitido também nas redes sociais da Assembleia Legislativa do Ceará, no YouTube e no Facebook, às segundas-feiras, a partir das 8h.
A produção é veiculada também na TV Assembleia, às segundas-feiras, às 20h30. O programa também fica disponível no podcast rádio FM Assembleia, bastando procurar o canal nas principais plataformas de áudio, como Spotify, Deezer, Apple Podcasts e Google Podcasts.
RG/LF