O técnico legislativo da Célula de Sustentabilidade e Gestão Ambiental, Eliezer Abdala, fez uma apresentação sobre as propriedades da água e lembrou que o Estado passa por constantes períodos de escassez hídrica, por isso defendeu ser fundamental a conscientização sobre o uso desse recurso. Ele ressaltou também que a água subterrânea seria uma alternativa muito importante, mas que a falta de tratamento do esgoto leva à degradação desse recurso, especialmente em áreas urbanas.

A superintendente de Controle e Qualidade da Diretoria de Operações da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Neuma Buarque, disse que os lixões e a destruição das matas trazem consequências negativas para os mananciais e que proteger os recursos hídricos passa também por várias questões ambientais.

Ela explicou que está cada vez mais difícil de tratar a água que chega ao consumidor, por causa da contaminação, e que os tratamentos se tornarão cada vez mais onerosos porque a contaminação está se intensificando.

Neuma Buarque destacou que as secas vão tornando a água bruta com mais concentração de sais, algas e matéria orgânica.

“Depois de 10 anos de seca, ainda temos água nas torneiras por conta de muita dedicação. O cidadão tem que colaborar também para manter a qualidade da água que recebe e evitar o desperdício. Precisamos fazer a utilização mais inteligente de recursos hídricos”, pontuou.

O saneamento foi destaque na fala da coordenadora do Pacto pelo Saneamento Básico do Ceará, Rosana Garjulli. O pacto é coordenado pela Assembleia Legislativa do Ceará, por meio do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos, e tem por objetivo promover a integração institucional e fortalecer a política pública de saneamento básico, visando à universalização desses serviços no Ceará.

Rosana Garjulli explicou que a iniciativa conta com apoio de cinco secretarias de estado e tem um total de 50 instituições trabalhando para apresentar propostas para ampliação da oferta de saneamento no Estado. Ela informou ainda que já está disponível para download o estudo Cenário Atual do Saneamento Básico no Ceará e que o Plano Estratégico de Saneamento Básico no Ceará será apresentado ainda neste ano.

A coordenadora do Comitê de Responsabilidade Social, Luana Brasileiro, destacou a atuação da Célula de Sustentabilidade e Gestão Ambiental da Assembleia e pontuou que a Casa tem uma postura de vanguarda, adotando o programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), ligado ao Ministério do Meio Ambiente, e por ser a segunda Casa Legislativa do País a aderir ao pacto global da ONU. “O presidente da Assembleia, deputado Evandro Leitão (PDT), trouxe uma gestão sistêmica alinhada aos objetivos da ONU. E a Casa vem buscando conectar suas ações a esses objetivos, visando a uma sociedade mais justa e mais sustentável, e a questão da água é um dos temas”, frizou.

Ela informou também que o comitê deu um passo além dos muros, com elaboração de edital e projeto de resolução para levar o selo de responsabilidade social para os municípios.

Segundo a articuladora do Comitê de Responsabilidade Social, Amanda Melo, “o nosso olhar é sempre de inter-relação, de sincronização de atividades, difundindo para toda a Casa Legislativa, para todos os municípios”.

Também participaram do seminário o assessor técnico da Célula de Sustentabilidade e Gestão Ambiental, Yuri Passos; orientadora da Célula de Sustentabilidade e Gestão Ambiental, Conceição Machado; a assessora socioambiental da Cogerh, Claire Anne de Sousa; o chefe da Residência da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), Mickaelon Vasconcelos.

JM/CG