Você está aqui: Início Pronunciamentos Ordem do Dia Elmano Freitas defende apoio a Fernando Haddad no Ceará
De acordo com Elmano, a ideia é se unir contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). "Quando atacamos o candidato Bolsonaro de ser ditador, fascista, é porque não acreditamos que o Brasil tenha 46% de fascistas, mas é porque ainda tem pessoas que, mesmo concordando que o Brasil é uma democracia, estão correndo o risco de votar em alguém que seja autoritário".
Segundo o parlamentar, Bolsonaro afirma que é o candidato que vai fazer uma faxina nos "marginais vermelhos". Entretanto, acrescentou Elmano, ele esquece que o Brasil é muito maior do que os "vermelhos" ou do que aqueles que apoiam Bolsonaro. "Nenhum partido e nenhuma liderança tem o direito de achar que só porque tem a caneta de presidente da República vai poder decidir sobre a vida de quem pensa diferente", ressaltou.
Elmano disse que não há nenhum ser humano igual a outro. Ele deu o exemplo da família em que irmãos são criados juntos, aprendem os mesmos valores, mas pensam diferente, e nem por isso perdem o respeito um pelo outro. Para ele, é preciso respeitar aqueles de quem a gente não gosta e até quem pensa diferente de nós.
O parlamentar falou ainda sobre os riscos de empresários não investirem mais no Brasil, porque, com as propostas apresentadas pelo candidato Bolsonaro, investir no mercado financeiro vai ser bem mais lucrativo. Ele lembrou que a ex-presidente Dilma Rousseff tentou baixar o "spread" bancário e foi "detonada" e que, esta semana, o candidato Fernando Haddad falou em padronizar o preço do gás de cozinha e também foi bastante criticado, porque não se pode ter uma política para pobres.
Elmano Freitas disse ainda que, no Ceará, a maioria do eleitorado votou em Ciro Gomes (PDT), que, para o deputado, apresentou em sua campanha um programa de governo muito mais próximo ao de Haddad. "Nós do PT sabemos que cometemos erros e que temos que corrigir, mas o que está em jogo hoje é que País queremos para os nossos filhos e netos", declarou.
O petista destacou também que Jair Bolsonaro declarou que vai discriminar o governador que não estiver ao lado dele. "O governador do Ceará, que é do PT, foi eleito com 80% dos votos dos cearenses, e só porque é do PT não vai receber recursos? O recurso do Governo Federal deve ser destinado ao Ceará da mesma forma que é destinado para o Rio de Janeiro ou Rio Grande do Sul", pontuou.
Em aparte, o deputado Moisés Braz (PT) perguntou "como é possível votar em um candidato que não vai fazer investimentos no Nordeste, que discrimina o pobre e o negro e o governador que não for do partido dele". Além disso, segundo o deputado, o candidato Jair Bolsonaro também é contra a atuação sindical e disse que vai acabar com a representatividade dos trabalhadores.
WR/LF