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Candidaturas nacionais devem refletir no Ceará - QR Code Friendly
Quarta, 29 Novembro 2017 04:02

Candidaturas nacionais devem refletir no Ceará

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Na Assembleia, deputados entendem que o sucesso deles nas urnas também dependerá das pré-candidaturas à Presidência da República Na Assembleia, deputados entendem que o sucesso deles nas urnas também dependerá das pré-candidaturas à Presidência da República ( Foto: José Leomar )
A disputa presidencial, no Ceará, também incomoda deputados candidatos à reeleição. Há um certo receio da classe política quanto ao posicionamento do eleitorado em razão da crise de representatividade do homem público. Para parlamentares cearenses entrevistados pelo Diário do Nordeste, a população estará mais atenta à vida pregressa dos postulantes, e isso fará com que alguns pré-candidatos sejam colocados à prova, o que poderá, inclusive, inviabilizar algumas postulações em 2018. Em razão da candidatura de Ciro Gomes (PDT), admitem alguns políticos cearenses, a disputa pelo voto presidencial vai ter considerável significação, posto motivar uma maior mobilização dos demais outros candidatos à Presidência da República, representados pelos adversários do esquema de Ciro e do próprio governador Camilo Santana, cuja candidatura à reeleição estará atrelada à de Ciro. Os principais grupos políticos cearenses estão se organizando em torno das possíveis candidaturas do próprio Ciro Gomes, do petista e ex-presidente Lula, do deputado federal Jair Bolsonaro e do governador paulista Geraldo Alckmin. Pelo envolvimento, os deputados e demais candidatos ao Legislativo entendem que o sucesso eleitoral deles dependerá do desempenho do respectivo candidato à Presidência, invertendo a situação normal de ser o político local que conduz o voto para o postulante federal. Mas, além desses nomes citados, outros também já são conhecidos, somando, no total, pelo menos seis nomes já trabalhando para viabilizar suas candidaturas ao pleito de 2018. São eles: Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Manuela D'Ávila (PCdoB), Geraldo Alckmin (PSDB), Jair Bolsonaro (PSC) e Álvaro Dias (Podemos). Outros também estão sendo sondados e, até meados do próximo ano, essa quantidade de postulantes deve ser maior. Aumentar bancadas Presidente do Poder Legislativo no Ceará, o deputado Zezinho Albuquerque (PDT) afirmou que muitos serão os candidatos no ano que vem, visto que cada partido tem como prioridade aumentar suas bancadas na Câmara Federal, o que levará a disputa presidencial para o segundo turno. Para ele, no Ceará, Ciro Gomes pode despontar como o principal nome local, caso sua pré-candidatura seja oficializada. Ele ressaltou ainda que o atual momento é diferente, por exemplo, por conta do lançamento de pré-candidatura do PCdoB, que sempre foi aliado do PT em âmbito nacional. "Essas chapas serão costuradas somente no limite do lançamento das candidaturas", disse. Segundo ele, o desgaste político só será sentido por aqueles que não trabalham nas bases e não estão próximos do eleitorado. Deputado do PP, Walter Cavalcante, por sua vez, avaliou que é necessário que os partidos apresentem nomes que aglutinem, para evitar que os extremos tenham êxito na disputa eleitoral. "Há uma desesperança muito grande, uma revolta da população, o que pode beneficiar candidatura de alguém que se apresenta como um salvador da Pátria", alertou. Segundo ele, as pessoas pararam de ir às ruas porque o resultado dos últimos protestos de abrangência nacional frustrou os manifestantes que queriam melhorar a situação do País. "Fernando Collor de Melo foi eleito afirmando que ia caçar os marajás. E hoje temos um Bolsonaro que está se colocando como salvador da Pátria para o povo", comparou Cavalcante. O petista Manoel Santana ressaltou que é preciso banir alguns políticos das casas legislativas e isso deve acontecer, visto que há mais informação por parte da população e cobrança junto a seus representantes. O parlamentar salientou que muitos colegas estão apreensivos quanto ao grau de exigência do eleitorado. "Eles estão com medo da conscientização do eleitorado e apostam ainda em sua desinformação", aponta. Negação Osmar Baquit (PSD), por sua vez, afirmou que a maioria da classe política está desmoralizada, o que, segundo ele, faz com que a população negue a política e acabe aderindo à estratégia dos corruptos para nivelar a política por baixo. Em sua avaliação, haverá muita abstenção, votos nulos e brancos, e somente quem tem seriedade e trabalho com a população é que vai se beneficiar na disputa. Já o tucano Carlos Matos (PSDB), em sua avaliação, destacou que o maior receio da classe política está em estar alinhada com o anseio da sociedade. "Essa política de conchavo ainda é a que predomina no País, mas a sociedade é a grande aliada dos grandes políticos. Alinhar com a sociedade é o principal ponto dos partidos, e por isso que houve esse tremor todo no PSDB, porque temos duas visões no partido. É preciso um conjunto de valores, com princípio público e que possa governar", defendeu.
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