Teatro abandonado
Se o presidente da AL, Zezinho Albuquerque, não tomar medida rigorosa, o Plenário da Assembléia Legislativa corre o sério risco de se tornar um local deserto. Uma das justificativas relaciona-se a preocupações com bases eleitorais no Interior, ameaçadas por “invasores”, os chamados “paraquedistas” endinheirados. Está em jogo a confiança em lideranças aliadas e cabos eleitorais, muitos deles sem a virtude da honestidade. Nos últimos dias, cresce outro tipo de desculpa de muitos deputados para não comparecerem à Casa. Trata-se da desmotivação gerada pela limitação, cada vez maior, notadamente para parlamentares oposicionistas, de espaços, para legislar, fiscalizar as ações do Governo ou mesmo, em último caso, trabalharem produzindo matérias de interesse público. Esse abandono de sessões, aliado à falta de dedicação e apego à labuta, transferiram para o futuro a continuação de suas pendengas, a fim de se entenderem no imediato e no indispensável para eles: garantir uma saída que assegure a sobrevivência, pelo menos, da instituição eleitoral. Todos sabem que as fórmulas lastreadas pelo propinoduto desapareceram, deixando sem alternativas e sem esperanças, aqueles que só acumularam entulho durante quatro anos de mandato. As pesquisas têm revelado a vontade do eleitor de expurgar da vida pública estadual a maioria dos atuais parlamentares. Renovar tem sido a palavra de ordem. Pode-se afirmar que para os objetivos eleitorais do próximo pleito, mais da metade da representação estadual e federal do Ceará não logrará êxito.
Vantagens Na AL é visível a satisfação de deputados que passaram da oposição para a situação e saíram ganhando. Nas últimas semanas, cresceu o número de propostas aprovadas pelo Plenário.