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Coluna Fernando Maia - QR Code Friendly
Sexta, 16 Dezembro 2016 10:04

Coluna Fernando Maia

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A matéria que extingue o Tribunal de Contas chegou à Assembléia Legislativa para ser aprovada, a toque de caixa, sem debates. O Governo usou uma proposta idêntica apresentada pelo mesmo Heitor Ferrer na gestão Cid Gomes, rejeitada de plano, por falta de interesse do sistema. Era moralizadora, mas não tinha nenhum viés político para justificar o fim de um órgão usado para abrigar deputados aliados em fim de carreira. À época, Cid Gomes e Domingos Filho viviam o sonho de Alice no País das Maravilhas. Essa aliança se deteriorou, quando Domingos não aceitou uma renúncia, imposta para acomodar conchavos sucessórios, e virou uma crise aguda na eleição para a presidência da Assembléia Legislativa. Mesmo com seu candidato derrotado, Domingos e Chico Aguiar mostraram força, ameaçando a vontade do Executivo com o poder paralelo do TCM. Só para explicar a força atribuída ao Tribunal de Contas dos Municípios, das suas atribuições, depende o conceito de honestidade ou desonestidade de prefeitos e presidentes de Câmaras municipais. Em outras palavras, o TCM tem o poder de matar ou ressuscitar maus gestores, através de pareceres ao sabor de interesses silenciosamente administrados pelos seus integrantes, e usa isto como moeda de troca em alguns casos para eleger deputados da intimidade dos seus ministros. Esse foi o fundamento do deputado Heitor Ferrer quando fez a sua primeira investida para acabarem os privilégios destinados a políticos amigos. O que ontem não era do interesse governamental, tornou-se hoje matéria de interesse prioritário para neutralizar a influência de Domingos Filho à frente daquela corte fiscal. O TCM pode até ser um órgão desnecessário, mas a maneira como está sendo apreciada a sua morte, caracteriza retaliação e revanchismo. Como dizia em outros tempos Murilo Aguiar, governo é governo. Obedece quem tem juízo e discorda quem não sabe que a política é a uma arte para ser exercida por quem sabe negociá-la.   Reação Foi de decepção a reação da deputada Mirian Sobreira (PP), no caso da extinção da Secretaria de Políticas para Drogas, pasta que ela tão bem conduziu desde a fundação.
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