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Parlamentares cearenses repercutem fala de Dilma - QR Code Friendly
Quarta, 31 Agosto 2016 04:55

Parlamentares cearenses repercutem fala de Dilma

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O discurso da presidente da República afastada, Dilma Rousseff, no Plenário do Senado, durante a sessão de julgamento do impeachment movido contra ela, provocou as mais diversas reações entre parlamentares cearenses. Deputados e vereadores se manifestaram, principalmente, na tribuna dos Legislativos. A previsão é que a votação do impeachment ocorra hoje, conforme anunciou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que preside o julgamento. Na Assembleia Legislativa, o deputado Renato Roseno (Psol) lamentou o provável afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff e disse que a democracia brasileira está cada vez mais frágil, ao mesmo tempo que os investimentos nas áreas de educação, políticas sociais e saúde estão sendo limitados.   Para ele, as ações na economia estão voltadas para atender o setor financeiro. “Está acontecendo uma crise econômica com repercussões mundiais, fazendo com que setores dominantes queiram um ajuste. Estes setores dominantes acreditam que Dilma e Lula deixaram de ser úteis. Viveremos dias difíceis e somente o poder popular poderá fazer valer a defesa de conquistas históricas”, frisou ele, ressaltando ser necessário a participação de toda a população para encontrar uma saída para a crise política. Ele, entretanto, criticou a postura do PT, que só após a abertura do processo reconheceu que a única coisa que resolve a crise política é chamar o povo para a soberania popular, com a convocação de novas eleições.   Para o deputado Audic Mota (PMDB), esses argumentos não fazem sentido. Assim como Roseno, Audic utilizou a tribuna da casa para enfatizar que a conclusão do processo de impeachment “consagrará a rejeição de muita coisa errada que foi feita”. Para ele, o maior problema é que o crime de responsabilidade “se espalhou” por toda a nação, com o retorno da inflação e o desemprego. Na avaliação de Mota, faltou, por parte do Governo, competência para enfrentar os problemas. Audic ponderou ainda que a situação trouxe inovações na esfera eleitoral, uma vez que as campanhas eleitorais serão mais fiscalizadas. “A campanha será mais curta e com ausência das doações de pessoas jurídicas, tirando certo desequilíbrio que havia antes”, disse.   Mobilização O assunto também foi pautado na Câmara Municipal de Fortaleza. O candidato à Prefeito, vereador João Alfredo (Psol), afirmou que a situação que se anuncia, com o julgamento de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, é de um ataque aos direitos trabalhistas e ao funcionamento da máquina pública. Para ele, mesmo com um cenário já desenhado em relação ao impeachment, a população deve se unir contra esse golpe institucional e lutar por novas eleições. “O que está acontecendo, hoje, no Brasil, é uma vergonha, um bando de senadores, a maioria deles envolvidos não só em casos de corrupção, mas atrelados aos piores interesses econômicos, querendo derrubar uma presidenta que não está caindo pelos seus erros, que não foram poucos, mas está caindo para que se implante uma ditadura do poder econômico e do capital”, criticou. “Não é por Dilma, que está sendo injustiçada, nem pelo PT. É pelo povo brasileiro. O que se apresenta aí, nesse governo golpista, é um atraso de talvez 100 anos na nossa história”, completou. Toinha Rocha (sem partido), por sua vez, destacou a postura da presidente afastada. Para a parlamentar, o povo saí mais fortalecido com o posicionamento da ex presidente e vai para luta defender a democracia.   Guimarães protagoniza embate com senador  Aloysio Nunes O deputado José Nobre Guimarães (PT) e o senador Aloysio Nunes (PSDB/SP) protagonizaram um tumulto na sessão de ontem, no Senado Federal.   A confusão teve início por volta das 11h20, ao final da manifestação da advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment. No momento em que Janaína descia da tribuna, após usar 51 minutos do tempo de uma hora e meia reservado à acusação, Guimarães a chamou de “golpista”, o que gerou reação de Nunes. O tucano solicitou ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que Guimarães fosse retirado do plenário. O parlamentar tucano fez o pedido após o petista ter chamado de “golpista” Janaína Paschoal. Diante do princípio de tumulto generalizado no plenário, o presidente do Supremo decidiu interromper, por cinco minutos, a sessão para tentar acalmar os ânimos. À imprensa, Guimarães negou ter feito provocação. Segundo ele, estava apenas “exercendo seu direito de defender a presidente afastada. “Tenho o direito, como parlamentar, de acompanhar dentro do Senado. Era só o que me faltava quererem calar a minha voz. Eu estou tranquilo. Não provoquei ninguém, estou exercendo o meu direito de defender a presidente Dilma”, disse.   16
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