Você está aqui: Início Pronunciamentos Ordem do Dia Audic Mota critica defensores da presidente Dilma e defende rompimento
O parlamentar lembrou que a bancada do PMDB na Casa há muito tempo vem defendendo o rompimento com o Governo Federal e que o anúncio oficial da ruptura, na tarde desta terça-feira, mostra que o PMDB acordou de vez.
Audic Mota desafiou todos os deputados que defenderam ou apoiam o PT a estarem presentes no Aeroporto de Fortaleza, no próximo sábado (02/04), para receber o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estará na capital cearense para participar de um evento na Praça do Ferreira a favor do Governo Dilma e contra o impeachment.
Ele também desafiou os parlamentares a assinarem uma moção de repúdio ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), à presidente da República, Dilma Rousseff, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "E vamos entregar esse manifesto ao presidente Lula no próximo sábado", desafiou.
Ao criticar o deputado Odilon Aguiar (PMB), o peemedebista disse que o partido dele faz parte da base do Governo, que ele já vem do PMDB e do Pros que também eram da base e lançou um desafio para que o colega assinasse a moção de repúdio.
O processo de impeachment da presidente, segundo o parlamentar, não é somente um debate técnico, mas uma questão política, e quem mais deve preservar o respeito às instituições, segundo Audic Mota, é Dilma.
O deputado criticou ainda as doações de campanhas eleitorais e denunciou que prefeitos também receberam repasses de empresas, como Patrícia Aguiar,
prefeita de Tauá, que teria arrecadado cerca de R$ 200 mil. "Se é para fazer um limpa, vamos fazer um limpa de todos, mas sem satanismo", afirmou.
Em aparte, o deputado Odilon Aguiar concordou com o parlamentar ao afirmar que é favorável que o momento é de passar o País a limpo e defendeu a punição dos políticos que erraram, não apenas Eduardo Cunha e Renan Calheiros, mas outros como o Governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que estaria envolvido em um esquema de corrupção que movimentou cerca de R$ 750 milhões, segundo o Ministério Público. E adiantou que é contra o impeachment porque não vê nenhuma culpabilidade na presidente Dilma Rousseff. Se o problema são as chamadas pedaladas fiscais, o vice-presidente Michel Temer também deve ser culpado. "Se é para limpar, vamos limpar tudo, o Executivo, o Judiciário e o Legislativo", desabafou.
WR/JU