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Gestor do DNIT cobrado sobre obras no Ceará - QR Code Friendly
Quinta, 10 Setembro 2015 04:12

Gestor do DNIT cobrado sobre obras no Ceará

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O superintendente Diógenes José Tavares diz que o DNIT apenas é responsável por fiscalizar o convênio de duplicação do Anel Viário O superintendente Diógenes José Tavares diz que o DNIT apenas é responsável por fiscalizar o convênio de duplicação do Anel Viário ( FOTO: JOSÉ LEOMAR )
  Aproveitando a ida de representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) à Assembleia Legislativa, ontem, o deputado Roberto Mesquita (PV) fez duras críticas à situação das rodovias no Estado, em especial à duplicação do Anel Viário, que está há mais de quatro anos em obras. Durante o segundo expediente, o superintendente do órgão, Diógenes José Tavares, respondeu a diversas indagações dos parlamentares sobre a situação das estradas que cortam o Ceará. Para Roberto Mesquita, não há justificativa para que rodovias, como a de duplicação do Anel Viário, causem transtornos à população. Ele ressaltou que há algum tempo se falou em federalizar trechos das rodovias estaduais no Ceara, como no trecho de Marco a Acaraú. O parlamentar ponderou, entretanto, que o Estado ainda oferece mais qualidade às rodovias do que instituições do Governo Federal. Em seu pronunciamento, o deputado solicitou ao superintendente do DNIT, Diógenes José Tavares, que mostre à população as motivações para a falta de celeridade de algumas obras tocadas pelo órgão no Ceará, como a do Anel Viário, que há mais de quatro anos está em andamento e sem conclusão. Em apoio aos reclames do colega, o deputado Odilon Aguiar (PROS) também ressaltou que o trecho do Anel Viário está há anos sem conclusão, o que tem feito com que as pessoas passem por diversos transtornos. Odilon lembrou ainda que o DNIT não tem autonomia e serve apenas para "enviar e receber recados de Brasília". "Isso é inadmissível e tem que se respeitar os contratos. Infelizmente, as coisas não acontecem a contento. E o doutor Diógenes tem que apresentar o que vai fazer sobre as rodovias do Estado do Ceará que são muito caóticas", reclamou. Burocracia Mesquita, por sua vez, disse que o "monstro da burocracia", agravada por algumas regras do Governo, faz com que os contratos não sejam respeitados, causando grandes entraves à sociedade. O deputado ressaltou que os conchavos políticos estão acabando com o País e com a paciência da população. "Todos os dias temos uma notícia ruim vinda de Brasília. A notícia mais alvissareira é da redução de ministérios e do corte de cargos comissionados", destacou. O deputado chegou a defender que o governador do Estado, Camilo Santana, se afaste do Governo Federal, justificando que programas sociais estão sendo deixados de lado. "Agora não dá para conviver com a quantidade de 'patetas' de nosso País, que desestimulam quem quer empreender, desestimulam quem quer estudar. Essa história de crise já nos dá é raiva", reclamou. Durante a presença de representantes do DNIT na Assembleia Legislativa, diversos deputados fizeram questionamentos e até acusações. O primeiro a questionar foi o presidente da Casa, Zezinho Albuquerque (PROS), que também cobrou informações sobre o Anel Viário. Em resposta aos deputados, Diógenes Tavares afirmou que o DNIT está acompanhando diuturnamente o desempenho das construtoras para que no menor prazo possível as rodovias estejam sem nenhum buraco. Destacou que algumas construtoras têm paralisado e desistido de obras e muitos dos processos de conclusão das intervenções estavam em caráter judicializado. Convênio No que diz respeito ao Anel Viário, ele explicou que o órgão tem apenas um papel fiscalizador do convênio. A obra, em sua opinião, é complexa, pois envolve construção de viadutos e duplicação de vias existentes. O convênio, conforme explicou Diógenes, foi abandonado pela empresa Galvão Engenharia e o serviço estaria sendo tocado pelo Departamento Estadual de Rodovias (DER), com um valor total de R$ 232 milhões. Até o mês de junho passado, o Governo Federal repassou R$ 200 milhões para realização da obra. "Assumi o posto no dia 24 de março e a situação era muito incômoda. Passamos a administrar de perto com o corpo técnico e fizemos mutirão a seis mãos. Veio corpo técnico de procuradores de várias partes do Brasil e aqui ajuizamos todos os processos. A greve do Judiciário é o único empecilho que temos agora para que a construtora dê prosseguimento ao trabalho", ressaltou. Segundo ele, são 189 processos aguardando imissão provisória na posse, que confere ao interessado a posse de um bem. Ele citou outras obras em andamento, como a restauração da BR 222, a rampa de Itapajé e a Ponte de Aracati, e destacou que não houve descontinuidade nas obras, apesar de problemas. A Assessoria Parlamentar (Aspar) foi criada na gestão de Diógenes para melhor atender as reivindicações dos parlamentares cearenses. Segundo ele, muitos deputados fazem solicitações pontuais e, por conta disso, era necessário desenvolver um órgão para melhorar o atendimento e reduzir os prazos das demandas.
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