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Deputados e vereadores debatem aumento de homicídios entre jovens - QR Code Friendly
Sexta, 10 Julho 2015 06:36

Deputados e vereadores debatem aumento de homicídios entre jovens

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  Em face aos 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o crescimento dos homicídios entre os adolescentes, a Comissão da Infância e Adolescência da Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE) e a Comissão e Direitos Humanos da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), realizarão, na próxima segunda-feira (13), no Complexo das Comissões da ALCE, a discussão do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). O debate foi requerido pelo deputado Estadual Renato Roseno (foto) e pelo vereador João Alfredo, ambos do Psol. Segundo os parlamentares, Fortaleza foi a capital brasileira com maior Índice de Homicídios de Adolescentes (IHA), que inclui pessoas entre 12 e 18 anos. A taxa é referente ao ano de 2012. Para cada grupo de mil adolescentes, Fortaleza tem IHA de 9,9 jovens assassinados. Os números, divulgados pelo Governo Federal, fazem parte da 5ª edição de levantamento elaborado pelo Programa de Redução da Violência Letal (PRVL). O índice é 74% superior ao registrado em 2011, quando 5,71 jovens foram assassinados a cada grupo de mil em Fortaleza. Há sete anos, a capital cearense tinha taxa bem menor: de 2,35 adolescentes por mil, conforme informações do levantamento. Depois de Fortaleza, Maracanaú, município da Região Metropolitana, também apresentou índice considerado alto para a pesquisa: 8,81. Na sequência, entre as cidades cearenses, aparecem os municípios de Caucaia (4,67), Sobral (3,85), Juazeiro do Norte (3,12), Crato (2,14) e Itapipoca (1,63). Em relação à distribuição do IHA pelas unidades de federação, o Ceará ocupa o 3º lugar no ranking, com 7,74 adolescentes mortos para cada grupo de mil. Em primeiro lugar, está o estado de Alagoas (8,82), seguido da Bahia (8,59). Projeção - A partir dos IHAs, os pesquisadores também fizeram uma projeção, estimando o número de homicídios de adolescentes nos próximos sete anos (até 2019), caso não mude o contexto de violência em que os jovens estão inseridos. Conforme a estimativa, em Fortaleza, 2.988 adolescentes de 12 a 18 anos serão assassinados até 2019. Se comparada ao Rio de Janeiro, a capital do Ceará pode perder o dobro de adolescentes no período, apesar de a população na faixa etária ser menos que a metade da registrada na capital carioca. Brasil Para o levantamento, 288 municípios brasileiros foram estudados. No Brasil, o IHA ficou em 3,32 adolescentes vítimas de homicídio para cada grupo de mil. Acima da média nacional, além do Nordeste, ficaram o Centro-Oeste (3,74) e o Norte (3,52). Na Região Sul, o IHA chegou a 2,44 por mil jovens e, no Sudeste, a 2,25.
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