Carlomano lembrou que a Procuradoria de Justiça do Estado (PGE), por 11 votos a dois, decidiu desarquivar o processo sobre o Acquario e a investigação contra a empresa ICM Reynolds, responsável pela execução da parte “técnica” do empreendimento. Ele enfatizou que o papel de fiscalizar e investigar a aplicação do dinheiro público é do Parlamento, e não de procuradores, promotores, juízes nem de delegados. "É nosso dever fiscalizar o dinheiro público, precisamos reunir o presidente do PMDB, Eunício Oliveira, e assinar a CPI do Acquario", afirmou.                 
Carlomano disse que a sociedade cearense está entendendo o que está ocorrendo, porque, segundo ele, cabem ao PMDB as últimas assinaturas para a instalação da CPI do Acquario. "A CPI não sai porque o PMDB está acovardado. O líder do nosso partido na Casa está querendo ‘bambear’ as pernas", ironizou.

O deputado disse ainda que não questiona a importância da obra, mas o momento, que, segundo ele, não é apropriado. "Esse dinheiro que o secretário Mauro Filho está buscando em Washington, cerca de 150 milhões de dólares, vão ser enterrados", afirmou. E comparou a busca do Ceará por recursos para o aquário a um pai de família que pede dinheiro emprestado para comprar paletó e gravata francesa quando está faltando comida no prato.

Para Carlomano, o PMDB não pode cair na tentação de ficar atrás da porta, para que não seja acusado de omisso. "Cabe à bancada do PMDB aceitar o desafio de maneira correta, sem querer criar escândalo. Apenas saber se o dinheiro está sendo bem aplicado", desabafou.

O deputado Audic Mota, líder do PMDB, em aparte, disse que o entendimento dele permanece o mesmo com relação à apresentação do pedido de CPI e que está pronto para a batalha.         
WR/CG