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Coluna Macário Batista - QR Code Friendly
Sexta, 13 Fevereiro 2015 06:55

Coluna Macário Batista

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  Por um Ceará sem Homofobia-Mulheres do Ceará, pertencentes a diversos movimentos sociais do nosso Estado e que defendem os valores e princípios que constituem o ideário dos direitos humanos, veem manifestar seu repúdio contra a nomeação para a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, da deputada fundamentalista e homofóbica Silvana Oliveira, conhecida por sua afirmação de que “Deus não admite casamento gay, acabou com Sodoma por causa disso”.Com total desrespeito ao Estado laico, a deputada se utiliza da religião e da figura de Deus para disseminar no plenário, para o povo e para a imprensa, suas ideias homofóbicas, a intolerância e a representação simbólica da violência contra a livre orientação sexual, ignorando que a liberdade e a dignidade da pessoa são bens jurídicos protegidos como cláusula pétrea em nossa Constituição. O Movimento Feminista sempre se colocou como espaço de resistência, especialmente em contraposição ao crescimento de ideias conservadoras e discriminatórias e ao lado dos demais movimentos sociais forjou e forja a luta pela democracia e pelo reconhecimento e consagração dos direitos humanos em todas as suas dimensões. A discordância de setores conservadores com os avanços dos direitos humanos em nosso país, e até mesmo expressões públicas de suas ideias, são aceitáveis na democracia que tanto lutamos para construir. Porém, que conservadores e fundamentalistas lancem mão dos espaços institucionais constituídos para a defesa desses direitos, tão caros ao povo cearense e brasileiro, como pretende fazer a deputada, é inaceitável, porque jogam para fazer gol contra. Os direitos humanos tem a dimensão de proteger a todos, indistintamente, mas tem uma carga de proteção especial às potenciais vítimas de preconceito e discriminação, como as mulheres, os negros, os deficientes, os pobres e a população LGBTT. Por suas declarações e atitudes, a deputada Silvana caminha na contramão de tudo isso, portanto não tem legitimidade para presidir a CDDH da Assembleia, cujo papel seria repelir e corrigir a ela própria. Apelamos ao Presidente da Assembleia Legislativa, aos demais parlamentares, bem como à toda sociedade cearense a combater qualquer prática marcada pelos diversos tipos de preconceito e discriminação, intoleráveis em uma Nação que se pretende democrática e igualitária. Nota da redação: A Dra.Silvana não ficou.
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