De acordo com Eliane, independente do resultado final, as eleições deste ano foram marcadas por uma ampla e intensa participação popular, com cidadãos ocupando as ruas e as redes sociais para defender um Brasil e um Ceará melhor.  Para a deputada, a divisão do Ceará e do Brasil é uma demonstração clara de que os candidatos que se sagraram vitoriosos têm enormes barreiras a serem superadas em suas gestões.

Eliane considerou que um dos desafios será dialogar com os que optaram pelas candidaturas oponentes. “O outro desafio será compreender e trabalhar para promover mudanças no País, que remetem à reflexão do quanto é preciso fortalecer a democracia, avançar com mais celeridade nas conquistas sociais e promover o desenvolvimento sustentável, a ética e a boa prática na política”, enfatizou.

Com relação ao Ceará, ela disse acreditar que o novo governo deve avaliar em especial Fortaleza, que majoritariamente não optou pela continuidade da atual gestão. “É preciso que o novo governo faça uma reflexão do significado desse recado que os fortalezenses deram através das urnas”.

Eliane afirmou que, em nível nacional, a presidente Dilma também terá o desafio de compreender os que não votaram na continuidade do projeto político em vigor. “E, nesse sentido, é preciso avançar em pautas importantes, como a reforma política e a reforma tributária. É preciso ampliar a participação popular nos processos deliberativos”.

A deputada salientou que é fundamental retomar políticas efetivas de desenvolvimento regional que possam ir além da superação da extrema pobreza, promovendo, sobretudo, a emancipação e o protagonismo daqueles que ainda vivem abaixo da linha da pobreza. “É preciso, com absoluta urgência, promover uma política de saúde qualificada, fortalecer a reforma agrária e erradicar a violência a partir de uma política integrada com a União”, pontuou.

Eliane defendeu ainda o combate ao desmatamento, a discussão sobre as bases constitucionais da federação, colocando o desenvolvimento regional como eixo central da discussão do reordenamento do Pacto Federativo. “Por fim, é fundamental ampliar e qualificar o acesso a todos os serviços públicos essenciais e combater, de forma enérgica, os vícios da política que não são mais tolerados no Brasil de hoje”, avisou.

Quanto às avaliações de que o País estaria dividido, a parlamentar considerou que a divisão aconteceu apenas na escolha entre duas candidaturas. Mas está unido no desejo de um País melhor. “E esse desejo é a força motriz que precisa ser usada em favor do desenvolvimento e da justiça social”. A deputada também agradeceu o apoio que recebeu do povo cearense durante essa campanha eleitoral.

JS/CG