Nelson Martins chamou de “delírio” as queixas de Mesquita ao dizer que o governador Cid Gomes foi o pior gestor da história do Ceará na área. O petista desafiou o parlamentar a comparar os feitos com as gestões passadas. “Tenho impressão de que Roberto Mesquita está delirando. Porque dizer que Cid é o pior da história do Ceará? Faça o seguinte: pegue todos os governos do Estado e faça um comparativo das realizações”, defendeu, lembrando que foi na gestão de Cid que a SDA foi criada.

Segundo o parlamentar, o Ceará é referência nacional na área, destacando o projeto São José. “Ligue paro o Ministério do Desenvolvimento Agrário e pergunte qual a colocação do Ceará em todas as políticas de desenvolvimento agrário do Brasil”, provocou, citando ações como cisternas, assistência técnica, Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Programa Água para Todos.

Ao enaltecer a competência dos servidores da SDA, Nelson Martins declarou que todas as políticas públicas estaduais e nacionais “têm mecanismos de controle e acompanhamento”. De acordo com ele, o projeto São José, por exemplo, é baseado em editais, obedecendo à regra do Banco Mundial. “Recebemos mais de mil demandas de declaração de interesse para fazer o projeto”, lembrou, esclarecendo que a escolha das comunidades beneficiadas foi durante um encontro com a participação do TCE e Banco Mundial. “Foi feito sorteio através de um programa de computador para escolher as comunidades que seriam escolhidas. O governador não escolhe que comunidade vai ser beneficiada”, defendeu.

Quanto ao Água para Todos, disse que este faz parte da regulamentação do programa. Segundo o deputado, todo município tem Comitê Gestor Municipal do Programa Água para Todos composto, inclusive, com participação da sociedade em “amplos debates”. “Não foi autorizado nenhum projeto do Água para Todos que não passasse pelo comitê no município e do comitê estadual”, assegurou.

Em relação a sua saída da Pasta para ajudar na campanha de Camilo Santana, candidato a governo do Estado, o deputado explicou que recebeu do próprio petista o convite. “A decisão de onde ficar é minha. Tenho direito de decidir o que devo fazer na minha vida pública. Recebi convite do Camilo para ajudá-lo na campanha e não vou deixar de cumprir minhas obrigações aqui na Assembleia. É uma decisão pessoal minha”, rebateu.
LS/JU