De acordo com o parlamentar, existe grande quantidade de partidos, mas isso não reflete posturas ideológicas distintas. Ele citou o caso do Partido dos Trabalhadores, que, segundo ele, é um dos maiores e um dos mais organizados, mas a maioria dos membros é “mais Cidista do que PT”.

O deputado citou o chamado “Bloquinho”, composto pelos deputados de oposição ao governador Cid Gomes na Assembleia, afirmando que todos têm preferência por um candidato ao governo diferente, o que torna sua única missão opor-se às ações do Governo do Estado.

Para Roberto Mesquita, no limiar de uma nova eleição, a reforma política deveria ser a pauta principal. Ele criticou: “As eleições fazem com que o pensamento dos partidos seja atropelado. Até nos partidos que são mais estruturados não há a sinceridade partidária que deveria existir”. O deputado afirmou que não mudou de posição e que continua pensando como antes.

Ele destacou que o Governo Estadual teve boa atuação na construção de estradas, escolas e hospitais, mas que tem péssimos resultados na segurança pública. Para ele, será entregue um Estado mais violento para o próximo governante e não se deve falar apenas em crack como causador desse problema, já que a questão foi debatida desde o início do primeiro mandato.

Roberto Mesquita fez críticas a outras áreas e afirmou que o Governo gasta cerca de R$ 100 milhões por ano em ações que exigem o pagamento de medicamentos. Disse ainda que o VLT de Juazeiro do Norte saiu mais caro do que pagar um táxi para cada passageiro e que a justificativa para a não implementação do VLT de Sobral é que a malha ferroviária não permite fazer uma curva.
JM/LF