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Deputados discutem impasses no Cocó - QR Code Friendly
Quinta, 19 Setembro 2013 05:02

Deputados discutem impasses no Cocó

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Deputado Fernando Hugo exibe a primeira página do Diário do Nordeste, para mostrar a manchete anunciando a decisão judicial Deputado Fernando Hugo exibe a primeira página do Diário do Nordeste, para mostrar a manchete anunciando a decisão judicial FOTO: JL ROSA
  Para o deputado Lula Morais, o projeto, há quase uma década, foi aprovado pela Câmara Municipal de Fortaleza A polêmica envolvendo a construção de viadutos no cruzamento das avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior gerou novas discussões, ontem, no plenário da Assembleia Legislativa. A última decisão do Tribunal Regional Federal (TRF), em Recife que autorizou a construção do equipamento, mas não obrigou a retirada dos manifestantes do Parque do Cocó, gerou mal estar entre os parlamentares da Casa favoráveis ao projeto da Prefeitura de Fortaleza. Fernando Hugo chegou a chamar a decisão do TRF 5 de "puxa e encolhe" e os manifestantes no Cocó de "ecos desocupados", afirmando que alguns não sabem sequer escrever a palavra ecologia. Segundo o deputado, é "vergonhoso" que haja diversos recursos judiciais para o caso envolvendo os ocupantes do Cocó e a Prefeitura de Fortaleza. "Por que não proíbem logo a obra? É chocante que em uma semana apresente uma decisão e na semana seguinte uma nova sentença totalmente diferente. Os sete metros do projeto atual não agridem, porque trazem benefícios e a gente fica caindo nas mãos da Justiça", reclamou. Inaceitável Segundo ele, a Justiça está confundindo quando faz manuseios "tragicômicos", pois não teria conhecimento da obra. "Ela é tragicômica porque o desembargador federal diz para construir obra, mas não tira de lá o povo desocupado da cachaça e outras ervas. Isso é inaceitável. A verdade está no jornal. Como é que se pode fazer uma edificação de engenharia sem tirar os ecologistas da modernidade dos tempos, esse amantes do Cocó, que em outros tempos recentes não levantaram a vos para outras obras que lá existem?" O parlamentar afirmou ainda que a decisão "é um vergonha" para a Justiça. "Eu critico a Justiça porque ela é factível de erro. Eu não consigo entender como é que um desembargador federal diz ´façam a obra´, mas não tirem as pessoas de dentro do terreno. Isso é de uma burrice satânica". O pedetista Ferreira Aragão afirmou que, como não houve decisão para retirada dos manifestantes, que se faça as obras com as pessoas dentro do espaço do Parque do Cocó. O deputado Roberto Mesquita (PV) foi outro que criticou a falta de entendimento em relação às obras dos viadutos na região do Parque do Cocó por parte do Poder Judiciário a quem cabe, na opinião dele, "corrigir os erros e fazer a Justiça acontecer". "É o Poder que deveria resolver e é o que está colocando mais dúvidas: um dia é uma liminar outro dia é a suspensão da liminar. Se é entendimento que não há situação insanável com a construção do viaduto que se permita a obra, não se pode é colocar a cidade nessa discussão", reclamou. Dano Mesquita é favorável à intervenção no local com a construção dos viadutos, e inclusive chegou a contestar os argumentos de que a obra vai trazer grande dano ambiental. "Não me venha com essa de que causará dano ao meio ambiente porque a quantidade de dióxido de carbono (CO2) emitido com o engarrafamento dos carros é maior que a derrubada das árvores, que não são nativas da região", refutou. Na opinião dele, não há intervenção sem impacto, mas assegurou que os transtornos com a construção do viaduto são bem menores do que "aquele engarrafamento monstruoso". O parlamentar defende a delimitação do Parque do Cocó, "independente de qualquer situação", pois "seria um presente para a cidade de Fortaleza", pontuou. Lula Morais (PCdoB) disse que militantes e parlamentares reclamam a necessidade de discutir opções para a melhoria do trânsito e que por isso querem evitar a construção de viadutos na proximidade do Cocó. No entanto ele questionou a tentativa dos manifestantes de querer dialogar com o prefeito Roberto Cláudio, visto que o mesmo empenho não foi feito na gestão de Luizianne Lins. Em resposta, Antônio Carlos (PT) afirmou que os líderes do movimento atual são de outras vertentes. Para Lula Morais, "quem está contra esse projeto está contra a cidade de Fortaleza".
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