“O governo, quando resolveu fazer mansão para peixe, esqueceu as outras coisas. A comunidade do Poço da Draga convive com a falta de acesso à saúde e moradia popular. Ou seja, se preocupa com um aquário enquanto a população convive com a fome e a miséria”, disse.

O parlamentar contrariou o discurso do deputado Augustinho Moreira (PV) dizendo que o governo inverte as prioridades. “O governador gosta de obra para fotografia. O povo não está preocupado com aquário, mas com serviços básicos. Esses R$ 300 milhões aplicados em moradia popular dava para resolver parte dos problemas da população do Ceará”, criticou.

Heitor Férrer ainda questionou os valores investidos na obra e também no combate à seca. “Eu bato que a prioridade está invertida. Respeito quem defende, mas não concordo que o aquário será um grande equipamento para o Estado. Esse valor poderia ter sido carimbado para a área da seca. O governo tinha dito que iria gastar R$ 712 milhões e até agora só gastou  R$ 78 milhões. Um aquário é para as sociedades que já resolveram os problemas básicos e nós ainda não resolvemos”, acrscentou.
DF/JU