A denúncia é de eventual superfaturamento na contratação de serviço de transporte aéreo por parte da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) em 2020. Segundo Heitor Férrer, o Governo do Estado contratou, por meio da Sesa, serviço de transporte aéreo com o objetivo de trazer material médico hospitalar proveniente da China, mediante dispensa de licitação, para o combate à pandemia de Covid-19.
“Quando peguei o Diário Oficial do Estado, me chamou a atenção o fato de o frete do avião custar R$ 10 milhões no primeiro voo e R$ 11 milhões no segundo, totalizando R$ 21 milhões. Isso é brincadeira, é farra com o dinheiro público”, criticou o deputado.
De acordo com ele, o promotor de Justiça do Estado, Marcus Vinícius de Oliveira Nascimento, analisou com zelo o contrato e observou que no mesmo período a União Federal realizou um trajeto parecido, para buscar os mesmos insumos, mas com valores de frete diferentes.
“O Governo Federal pagou R$ 1.884.000 de frete aéreo para uma cidade distante 16 mil quilômetros, enquanto o Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde, pagou R$ 10 milhões para uma cidade distante 14 mil quilômetros. Para mim, isso é superfaturamento”, apontou Heitor Férrer, considerando a denúncia muito grave.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) destacou a seriedade, idoneidade e heroísmo com os quais o então secretário da Saúde na época, Dr. Cabeto, conduziu os trabalhos de combate à pandemia, mas salientou ser importante investigar o que levou a serem estipulados esses valores citados.
RG/LF