Segundo o parlamentar e vice-presidente da Comissão de Agropecuária, os 14 perímetros administrados pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) estão subaproveitados. Ele defendeu a destinação de recursos para essas áreas e também a criação de novos perímetros.
“Esses perímetros estão abandonados e o dinheiro público investido está a se perder”, alertou Mesquita. De acordo com o deputado do PV, o Ceará tem aproximadamente 100 mil hectares de perímetro irrigado e uma área irrigável de quase 60 mil hectares.
Ele ponderou que a chamada agricultura de cerqueiro – sem emprego de irrigação e técnicas modernas – produz de dez a 20 vezes menos.
O parlamentar ressaltou que além de aumentar a produção, a irrigação permite o cultivo de culturas que “antes nem se ousava sonhar em produzir no Ceará”, como maça e pêra, conforme listou.
O deputado Ferreira Aragão (PDT) parabenizou Mesquita por fazer o alerta e lamentou que os incentivos para os pequenos e médios agricultores ainda estejam aquém da necessidade. O pedetista lembrou da mamona, tida no interior do Ceará há alguns anos como uma cultura que seria um sucesso, mas a promessa não se concretizou.
Para Mesquita, diante da falta de programas de extensão rural, acabam surgindo “febres e modismos” na agricultura local, como o caso da mamona. “Não queremos inventar. Queremos que o governo, que já investiu e criou perímetros irrigados, tenha olhar diferenciado para esse segmento”, disse.
DA/CG