A parlamentar comentou pontos considerados relevantes neste processo eleitoral. O primeiro diz respeito ao fato desta eleição ter sido a primeira após a efetivação da Lei da Ficha Limpa. “Sabemos que se trata de uma lei que não representa o fim da corrupção. Também não é a reforma política que tanto defendemos, mas, com certeza, é uma lei que oferece ao eleitor uma maior transparência e uma maior segurança de poder escolher candidatos que tenham um passado comprovadamente limpo”, ressaltou.
Ela avaliou que estão errados os que acreditam que a lei Ficha Limpa é uma sentença a quem ainda está sendo julgado nos tribunais. “A Ficha limpa precisa ser compreendida como uma prerrogativa que dá ao eleitor uma maior tranquilidade de escolher nomes que tenham uma trajetória de vida pública limpa”, disse.
A deputada afirmou que o fato de 22 milhões de brasileiros não terem comparecido aos postos eleitorais para votar neste primeiro turno demonstra que é preciso avançar nos mecanismos de transparência e combate à corrupção para que o País aperfeiçoe sua democracia e para que a sociedade se aproxime ainda mais da política.
Ainda sobre o resultado das urnas em todo o Brasil, ela citou a participação feminina. Segundo ela, apesar de a eleição ainda não ter terminado em 50 das 5.568 cidades brasileiras, o balanço feito pelo TSE mostra que nas cidades que já concluíram seus pleitos, 621 mulheres foram escolhidas para comandar prefeituras a partir do ano que vem. “Um resultado baixo, mas que merece ser destacado porque é considerado um recorde histórico”, ponderou. Para reverter a baixa representatividade feminina, ela defendeu que “o dever de casa” comece nos partidos, que precisam dar mais espaços às mulheres na política.
O outro ponto destacado pela parlamentar foi que nestas eleições a sociedade brasileira buscou optar por novas referências políticas. Ela citou a eleição de São Paulo, com o candidato Russomano, que caiu vertiginosamente nas pesquisas, justamente por não apresentar uma consistência em suas propostas e em seu histórico político, justificou.
Em relação a Fortaleza, ela disse que foi uma eleição bastante dividida diante das várias forças políticas que legitimamente disputaram o primeiro turno. “Fica a expectativa de que haja um debate franco para que a sociedade perceba com clareza o que significa cada uma dos projetos que está disputando o segundo turno e possa escolher o que julgar melhor para a nossa cidade”, afirmou.
LS/CG