O parlamentar se mostrou contrário a projeto 40/20, do Executivo, que trata da autorização da contratação de crédito externo, com garantia na União, no valor de até R$ 300 milhões (52,1 milhões de dólares, segundo o projeto) para o programa de redução da violência no Estado. “A minha intenção é votar contra esse novo endividamento do Estado. É o povo quem vai pagar. Dizer que o empréstimo é do Governo está errado. Quem paga por essa dívida é o povo cearense”, alertou o deputado.
Heitor Férrer afirmou estar cansado de ver “essa história de empréstimo para a segurança pública” e lembrou a criação da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp) que, desde a época, já o classificava como “cabide de empregos”. O deputado apontou que o órgão citado não possui ao menos um site para divulgar informações importantes. “Nem um site tem para divulgar as suas competências. Por isso estou encaminhando um requerimento para que essa superintendência, criada em maio de 2018, nos envie os relatórios que são de suas obrigações sobre o que está sendo feito para solucionar os problemas na segurança pública do Estado, que só aumentam todos os anos”, informou.
De acordo com o parlamentar, mesmo após a criação da Supesp, constantemente a imprensa noticia o aumento dos homicídios e atos violentos no Ceará. “Queremos saber quem ocupa os cargos desse cabide de emprego, pois não vemos resultado desse serviço. As políticas de combate à violência no Estado têm sido um fracasso. Esse setor de crimes violentos é dos que mais afligem a população e o que o Governo mais fracassa no combate”, afirmou.
O deputado ressaltou que segurança pública não é apenas ter policiais, viaturas e armas, assim como saúde não é apenas hospital, mas um planejamento amplo, que engloba a todos. Heitor Férrer lembrou a necessidade de fortalecer as políticas para resolver os problemas de segurança. Segundo o parlamentar, quando surge a necessidade de alguém chamar a polícia para resolver problemas de violência, “é sinal de que o Estado está falhando em saúde, educação e setor social.”
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