Salmito destacou que os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário têm o objetivo primordial de preservar a vida das pessoas, bem como os agentes de segurança, e atos como greves e paralisações ferem a lei Militar e a Constituição.
“Todos sabem que é legítimo alguém querer melhorar sua remuneração. Mas é necessário destacar que policiais militares não podem fazer greve, e isso está na Constituição, pois são eles os responsáveis pela segurança da população. Fazer isso é colocar todos em risco. A sociedade tem que ter ciência que o governador Camilo sentou com os representantes dos servidores, ajustou a proposta, fechou o acordo, todos comemoraram nas redes sociais e agora voltam atrás”, lamentou.
O parlamentar alertou que atos como os relatados na noite de terça-feira (18/02), de manifestações de policiais em batalhões e ataques a viaturas, são atitudes criminalizadas pelo código penal dos militares e pela Constituição e que agentes que participarem das ações deverão ser paralisados. “Deixar a população em meio ao caos não é papel do policial militar. Peço aqui diretamente à tropa que não recorra a esse tipo de movimento, pois é vosso o papel de proteger a sociedade”, observou.
O deputado João Jaime (DEM), em aparte, lembrou que a negociação foi realizada com os representantes da categoria que saíram do encontro satisfeitos e comemorando os termos acertados. “A Polícia Militar tem uma responsabilidade grande. Eles trabalham pelo bem estar da sociedade. Fazer qualquer tipo de paralisação é prejudicial e deve ser penalizada. Peço que os PMs não façam isso.”
O deputado Júlio Cesar Filho (Cidadania) ponderou que o Ceará está propondo um reajuste que nenhum outro está fazendo e que é necessário manter a responsabilidade fiscal do Estado. O parlamentar afirmou também que interesses políticos estão ligados a esses movimentos. “Há lideranças adormecidas que estão aproveitando esse momento para tentar aparecer nesse ano de eleições municipais. A população precisa ficar atenta a isso”, atentou.
O deputado Audic Mota (PSB) corroborou com Salmito e sugeriu que os dirigentes de associações que representam os militares façam uma renúncia de cargo de forma coletiva, pois “perderam a credibilidade”.
GS/AT