“Honrar o acordo é o mínimo que pode ser feito, visto que a proposta que será votada aqui foi baseada nas demandas apresentadas pelos próprios representantes da categoria. A proposta não é a de Camilo Santana, e sim dos militares”, ressaltou.
O parlamentar salientou que os pontos cobrados pelos militares na negociação foram incluídos no acordo, o que subiu o piso mínimo dos policiais e bombeiros militares para R$ 4.500,00, valor ao qual ainda serão somadas gratificações. “São mais de R$ 1.000 de reajuste, enquanto hoje estamos contemplando ainda outra categoria com um piso de R$ 1.400. É preciso bom senso”, disse.
Elmano Freitas considerou também que caso fosse Camilo Santana voltando atrás no acordo, as reações seriam bem diferentes. “E outra. Se os representantes da categoria não podem representá-los numa mesa de negociação, quem pode?”, questionou.
Em aparte, os deputados Fernando Hugo (PP), Carlos Felipe (PCdoB), Lucílvio Girão (PP) e Acrísio Sena (PT), elogiaram a postura do Governo do Estado nas negociações.
Fernando Hugo lembrou que ao fim das negociações, “todos estavam cientes do que foi debatido e do acordo feito obedecendo às demandas postas pelos militares”.
Carlos Felipe observou que também foi lida a mensagem que regula o piso salarial dos agentes de saúde e de endemias. E que o Ceará é o único estado do País que ainda cuida dos agentes, sendo os demais coordenados pelos municípios.
Sobre a questão dos policiais, Lucílvio Girão cobrou bom senso por parte da categoria, da dificuldade que será enfrentada pelo Governo para acatar as demandas, e que a situação abriu um precedente que poderá beneficiar outras categorias.
Já Acrísio Sena voltou a afirmar que nenhum governo fez pelo Ceará e pelos militares o que Camilo Santana está fazendo. “Ele é um ponto fora da curva ao disponibilizar R$ 500 milhõe até 2022 para reestruturação salarial dos militares, e ainda dizem que ele não é aberto ao diálogo”, frisou.
Os deputados Dra. Silvana (PL) e Vitor Valin (Pros) cobraram mais diálogo entre as partes. Segundo eles, as associações não representam toda a corporação, e o Governo do Estado precisa “ouvir mais”.
PE/AT