O objetivo é investigar fraudes e irregularidades na emissão de diplomas por faculdades do Estado. Segundo o parlamentar, já são 24 assinaturas de deputados, e com a sinalização positiva da Procuradoria, a proposta agora vai para a Mesa Diretora da Casa.
“Com o pedido em mãos, a Mesa Diretora vai poder se debruçar, a partir do parecer da Procuradoria, e deliberar pela notificação aos líderes de partidos e blocos para procedermos com a indicação dos membros do Colegiado”, adiantou Elmano Freitas.
De acordo com ele, o pedido está baseado em reportagens veiculadas na imprensa, além de inquéritos policiais e prisões realizadas, investigando a falsificação de diplomas em cursos de graduação no Ceará. “São milhares de estudantes cearenses que tinham o sonho de realizar um curso superior e descobriram que os seus diplomas não têm validade, ou sequer receberam”, apontou o deputado.
Elmano Freitas assinalou ainda que somente no âmbito do serviço social são mais de 100 processos judiciais em tramitação. “É uma situação absolutamente inaceitável e precisamos investigar, de maneira firme, estes casos, pelos claros indícios de atuação de organizações criminosas”, salientou.
O parlamentar ressaltou que as investigações preservam também as instituições privadas que realizam trabalhos sérios no ensino superior.
“É inegável o trabalho de instituições como Universidade de Fortaleza (Unifor), Centro Universitário 7 de Setembro (Uni7) e Unichristus, que são reconhecidas pelo Ministério da Educação e pelos conselhos profissionais que têm cursos nessas universidades”, avaliou o deputado.
Em aparte, o deputado Acrísio Sena (PT) parabenizou a iniciativa da CPI. “É correto investigar aquelas faculdades que se utilizaram da boa fé, da máscara de uma universidade, para driblar, manipular e enganar os estudantes”, considerou Acrísio.
Para a deputada Augusta Brito (PCdoB), é muito necessário investigar essa situação. “São pessoas que investiram sonhos e dinheiro na sua formação e foram enganadas. E sabemos que pior do que não ter um diploma, é ter um que não seja válido”, lamentou.
Já o deputado Tony Brito (Pros) se colocou à disposição para auxiliar nas investigações. “Precisamos ter o máximo de cuidado para evitar vazamentos de informação nestas investigações e garantir que o trabalho fino da Polícia Civil encontre os culpados que cometeram atos ilícitos”, pontuou.
RG/AT