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Ex-deputada estadual enfrentou câncer no útero e mudou rotina - QR Code Friendly
Terça, 01 Outubro 2019 04:29

Ex-deputada estadual enfrentou câncer no útero e mudou rotina

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Ela dava "trabalho" quando era deputada estadual. Era conhecida por brigar para levar trator e energia aos municípios onde era votada. Depois de três mandatos, continuou na cena política, dessa vez, como primeira-dama de Santa Quitéria, até descobrir um câncer no colo do útero. Perto de completar 66 anos, Cândida Figueiredo disse em entrevista ao Diário do Nordeste que se curou "pela fé", mas admite ter hoje "menos fôlego" para a vida pública.  Se antes Cândida andava de casa em casa, visitando os eleitores, agora, a ex-parlamentar se limita a sair pela manhã, para evitar o sol forte de Santa Quitéria. Todo esse cuidado começou, em 2015, quando teve uma hemorragia. Ela foi ao médico e detectou um câncer de alto grau no útero. Uma doença, conta ela, que a "humilhou" muito.  "Porque lhe deixa fragilizada. Você acha que vai morrer. A quimioterapia lhe maltrata muito. Você vomita, tem problemas de intestino, está sempre enjoando, fica sem cabelo e isso abala muito o emocional da mulher. Eu digo que é muito importante ter o apoio da família. Isso é melhor do que qualquer remédio".  Felizmente, Cândida detectou o câncer a tempo de ele não se espalhar para outros órgãos. Até hoje ela faz tratamento e está em fase de "observação", mas garante que se curou. "Atribuo a cura à minha fé, à fé dos meus amigos e amigas de Santa Quitéria. Muita gente rezou por mim e continua rezando".  Rotina  Mas nem sempre Cândida Figueiredo recebeu solidariedade no meio. Quando perdeu o cabelo e usava turbante, teve que lidar com comentários maldosos nas redes sociais, do tipo: "Virou macumbeira". "Lógico que, na política, você tem adversários. Todos sabiam que eu estava em um processo de quimioterapia, mas isso ocorreu porque era uma cidade pequena", considera Cândida.  Na verdade, o que mais a afetou foi o "freio" que precisou dar nas atividades públicas. Para quem era vista com frequência no interior, a esposa do prefeito de Santa Quitéria, Tomás Figueiredo (MDB), diminuiu o trabalho voluntário em projetos de assistência social e de educação. A primeira-dama conta que ela não tem mais a mesma resistência de antes.  "Eu andava de casa em casa, onde tivesse criança doente. Hoje, sou voluntária da assistência social, damos apoio às creches, mas diminuímos bastante (as atividades). Eu vou para Santa Quitéria, passo uma semana e uma semana aqui (em Fortaleza) descansando. Saio para fazer visita pela manhã e tenho que me educar de estar em casa às 12h, porque o calor deixa você com fadiga. Se eu me esforço demais, fico muito cansada".  Quando fala sobre si, confessa que a Cândida de hoje é "muito mais lenta" e gostaria de ter mais ânimo. Por outro lado, se considera muito mais "grata". "Por estar viva, pela oportunidade que Deus me deu de acompanhar a minha família, ver os meu netos".  Já que o mês de outubro é de conscientização para a prevenção ao câncer de mama, alerta: "Faça suas revisões. A prevenção é muito importante e, se descobrir a doença, não a esconda de ninguém. A maior parte das pessoas vai lhe dar força através do pensamento e da oração. Você pode voltar à vida normal, desde que comece a se tratar cedo". Ela dava "trabalho" quando era deputada estadual. Era conhecida por brigar para levar trator e energia aos municípios onde era votada. Depois de três mandatos, continuou na cena política, dessa vez, como primeira-dama de Santa Quitéria, até descobrir um câncer no colo do útero. Perto de completar 66 anos, Cândida Figueiredo disse em entrevista ao Diário do Nordeste que se curou "pela fé", mas admite ter hoje "menos fôlego" para a vida pública. Se antes Cândida andava de casa em casa, visitando os eleitores, agora, a ex-parlamentar se limita a sair pela manhã, para evitar o sol forte de Santa Quitéria. Todo esse cuidado começou, em 2015, quando teve uma hemorragia. Ela foi ao médico e detectou um câncer de alto grau no útero. Uma doença, conta ela, que a "humilhou" muito. "Porque lhe deixa fragilizada. Você acha que vai morrer. A quimioterapia lhe maltrata muito. Você vomita, tem problemas de intestino, está sempre enjoando, fica sem cabelo e isso abala muito o emocional da mulher. Eu digo que é muito importante ter o apoio da família. Isso é melhor do que qualquer remédio". Felizmente, Cândida detectou o câncer a tempo de ele não se espalhar para outros órgãos. Até hoje ela faz tratamento e está em fase de "observação", mas garante que se curou. "Atribuo a cura à minha fé, à fé dos meus amigos e amigas de Santa Quitéria. Muita gente rezou por mim e continua rezando". Rotina Mas nem sempre Cândida Figueiredo recebeu solidariedade no meio. Quando perdeu o cabelo e usava turbante, teve que lidar com comentários maldosos nas redes sociais, do tipo: "Virou macumbeira". "Lógico que, na política, você tem adversários. Todos sabiam que eu estava em um processo de quimioterapia, mas isso ocorreu porque era uma cidade pequena", considera Cândida. Na verdade, o que mais a afetou foi o "freio" que precisou dar nas atividades públicas. Para quem era vista com frequência no interior, a esposa do prefeito de Santa Quitéria, Tomás Figueiredo (MDB), diminuiu o trabalho voluntário em projetos de assistência social e de educação. A primeira-dama conta que ela não tem mais a mesma resistência de antes. "Eu andava de casa em casa, onde tivesse criança doente. Hoje, sou voluntária da assistência social, damos apoio às creches, mas diminuímos bastante (as atividades). Eu vou para Santa Quitéria, passo uma semana e uma semana aqui (em Fortaleza) descansando. Saio para fazer visita pela manhã e tenho que me educar de estar em casa às 12h, porque o calor deixa você com fadiga. Se eu me esforço demais, fico muito cansada". Quando fala sobre si, confessa que a Cândida de hoje é "muito mais lenta" e gostaria de ter mais ânimo. Por outro lado, se considera muito mais "grata". "Por estar viva, pela oportunidade que Deus me deu de acompanhar a minha família, ver os meu netos". Já que o mês de outubro é de conscientização para a prevenção ao câncer de mama, alerta: "Faça suas revisões. A prevenção é muito importante e, se descobrir a doença, não a esconda de ninguém. A maior parte das pessoas vai lhe dar força através do pensamento e da oração. Você pode voltar à vida normal, desde que comece a se tratar cedo". Foto: Helene Santos
Ela dava "trabalho" quando era deputada estadual. Era conhecida por brigar para levar trator e energia aos municípios onde era votada. Depois de três mandatos, continuou na cena política, dessa vez, como primeira-dama de Santa Quitéria, até descobrir um câncer no colo do útero. Perto de completar 66 anos, Cândida Figueiredo disse em entrevista ao Diário do Nordeste que se curou "pela fé", mas admite ter hoje "menos fôlego" para a vida pública.   Se antes Cândida andava de casa em casa, visitando os eleitores, agora, a ex-parlamentar se limita a sair pela manhã, para evitar o sol forte de Santa Quitéria. Todo esse cuidado começou, em 2015, quando teve uma hemorragia. Ela foi ao médico e detectou um câncer de alto grau no útero. Uma doença, conta ela, que a "humilhou" muito.   "Porque lhe deixa fragilizada. Você acha que vai morrer. A quimioterapia lhe maltrata muito. Você vomita, tem problemas de intestino, está sempre enjoando, fica sem cabelo e isso abala muito o emocional da mulher. Eu digo que é muito importante ter o apoio da família. Isso é melhor do que qualquer remédio".   Felizmente, Cândida detectou o câncer a tempo de ele não se espalhar para outros órgãos. Até hoje ela faz tratamento e está em fase de "observação", mas garante que se curou. "Atribuo a cura à minha fé, à fé dos meus amigos e amigas de Santa Quitéria. Muita gente rezou por mim e continua rezando".   Rotina   Mas nem sempre Cândida Figueiredo recebeu solidariedade no meio. Quando perdeu o cabelo e usava turbante, teve que lidar com comentários maldosos nas redes sociais, do tipo: "Virou macumbeira". "Lógico que, na política, você tem adversários. Todos sabiam que eu estava em um processo de quimioterapia, mas isso ocorreu porque era uma cidade pequena", considera Cândida.   Na verdade, o que mais a afetou foi o "freio" que precisou dar nas atividades públicas. Para quem era vista com frequência no interior, a esposa do prefeito de Santa Quitéria, Tomás Figueiredo (MDB), diminuiu o trabalho voluntário em projetos de assistência social e de educação. A primeira-dama conta que ela não tem mais a mesma resistência de antes.   "Eu andava de casa em casa, onde tivesse criança doente. Hoje, sou voluntária da assistência social, damos apoio às creches, mas diminuímos bastante (as atividades). Eu vou para Santa Quitéria, passo uma semana e uma semana aqui (em Fortaleza) descansando. Saio para fazer visita pela manhã e tenho que me educar de estar em casa às 12h, porque o calor deixa você com fadiga. Se eu me esforço demais, fico muito cansada".   Quando fala sobre si, confessa que a Cândida de hoje é "muito mais lenta" e gostaria de ter mais ânimo. Por outro lado, se considera muito mais "grata". "Por estar viva, pela oportunidade que Deus me deu de acompanhar a minha família, ver os meu netos".   Já que o mês de outubro é de conscientização para a prevenção ao câncer de mama, alerta: "Faça suas revisões. A prevenção é muito importante e, se descobrir a doença, não a esconda de ninguém. A maior parte das pessoas vai lhe dar força através do pensamento e da oração. Você pode voltar à vida normal, desde que comece a se tratar cedo".
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