Realizada pelo Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC), a cada dois anos, a consulta ouviu diretores e professores de todo o País, registrando números alarmantes sobre a violência no ambiente escolar. De acordo com a pesquisa, 8.054 pessoas já foram vítimas de atentado à vida, enquanto 22.229 já foram furtados dentro de escolas e 5.504 roubados com uso de violência.
Para Tony Brito (Pros), é necessário um olhar especial da Secretaria de Segurança do Estado para garantir um ambiente escolar mais seguro. “Temos nossos vigias nas escolas e desde já parabenizo esses profissionais por seu trabalho. A questão é que cada vez mais traficantes abordam nossos jovens oferecendo vantagens no mundo do crime e estes passam a ter comportamentos violentos dentro da escola, ameaçando profissionais da educação e alunos”, alertou.
O parlamentar frisou ainda que são comuns as denúncias de agressões físicas e verbais sofridas por professores, muitas vezes partindo de alunos sob efeito de álcool ou drogas ilícitas. “Alguns chegam ao absurdo de portar armas brancas ou de fogo dentro das escolas. Temos que lutar por nossa educação e desde já peço que estes casos sejam denunciados, pois as Polícias Militar e Civil estão à disposição para ajudar”, salientou.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PP) recordou o tempo em que foi professor e que casos como esse eram raros. “Tínhamos uma relação de carinho e respeito entre alunos e professores. Hoje ser professor é um ato heróico, pois acontecem todos os dias casos terríveis de violência. E é importante lembrar que o comportamento familiar influencia muito nisso, por isso as reuniões de pais e mestres são indispensáveis”, defendeu.
O deputado Lucílvio Girão (PP) se disse triste com os números divulgados. “Antigamente, quando éramos chamados na coordenação, íamos com medo de uma suspensão ou mesmo de avisarem nossos pais. Era uma época onde se tinha respeito e obediência”, lembrou.
Já o deputado Apóstolo Luiz Henrique (PP) afirmou que a moralidade está em decadência. “Hoje menosprezam valores passados pela família e pela religião. Que Deus possa voltar para as escolas, para que o respeito volte a habitar o ambiente escolar”, declarou.
LA/LF