O parlamentar questionou a falta de debate e manifestações contrárias ao tema, que julga ser uma medida populista. “Eu achei uma ‘aberração’ o presidente pousar como se essa atitude fosse uma grande conquista. Além das crianças não precisarem usar cadeirinha, o projeto ainda propõe aumentar os pontos da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de 20 para 40 pontos”, protestou.
Osmar Baquit afirma que a proposta incentiva a prática da desordem no trânsito. “Daqui a pouco o presidente vai sugerir a não obrigatoriedade do uso do cinto de segurança. Isso tudo é uma forma de incentivar as pessoas a cometam mais erros”, afirmou.
O deputado criticou também a proposta da reforma da Previdência apresentada pelo Governo e acredita que não mudará a realidade financeira do Brasil. “Eu tenho a impressão que a reforma da Previdência não irá resolver o problema do País, enquanto não houver uma distribuição de renda igualitária para o povo”, pontuou.
Lembrou ainda que é preciso haver um pacto federativo para que os municípios não precisem “implorar” por verba para efetivar ações e serviços para a população. “É preciso haver distribuição das riquezas do País com os municípios ou esses ficarão pobres e sem recursos”, afirmou.
O parlamentar anunciou também que na próxima sexta-feira (07/06), o governador Camilo Santana assinará, às 18h, a ordem de serviço para obra da estrada que liga Quixadá ao distrito de São Maurício, além de inaugurar Areninha no mesmo município. No mesmo dia, o assessor de relações institucionais, Nelson Martins entregará mais de um mil títulos de propriedade em Mombaça.
O deputado Queiroz Filho (PDT), em aparte, ressaltou que apesar de a medida ser populista, especialistas mostram não ser o caminho correto. “A conta irá voltar para o Estado, com gastos em hospitais, por exemplo, pois aumentará a incidência de acidentes e sua gravidade”, enfatizou.
O deputado Nezinho Farias (PDT), presidente da Comissão de Viação, Transporte, Desenvolvimento Urbano (CVTU) da AL, destacou que o número de acidentes no Ceará é muito grande e se mostra assustado com o projeto do presidente Jair Bolsonaro.
“Será que nosso País, com essa crise em saúde, educação e segurança, não teria coisa mais importante para se preocupar?”, indagou. O parlamentar lembrou ainda que, no caso das cadeirinhas, foram feitos estudos para sua obrigatoriedade. Questionou ainda quem se responsabilizará caso o número de acidentes envolvendo crianças sem o uso desses equipamentos aumente.
GS/LF