De acordo com o parlamentar, o presidente causou insegurança ao mercado e “deu prejuízo de R$ 32 bilhões com a queda das ações da Petrobras. Conforme Sérgio Aguiar, valor é equivalente "a três transposições do rio São Francisco”.
O deputado lembrou que a empresa passou por uma crise, começava a se restabelecer e tomou um prejuízo de grandes proporções. “Um presidente tem que ter noção de que, ao governar um país de dimensões continentais, toda decisão poder acarretar prejuízos ao povo brasileiro. Há muito não tinha visto uma situação dessa envergadura”, lamentou.
Para o Sérgio Aguiar, com a queda da popularidade Bolsonaro “quis jogar para a plateia. Quis passar para o Brasil a ideia de que tentou proteger a economia, mas empobreceu o País”.
O parlamentar cobrou mais clareza e definição de um projeto para o País e afirmou que o ministro Paulo Guedes não disse nada em relação à Petrobras”. Ele se referia a discussão entre o ministro e o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), que teria afirmado que Guedes é um "tigrão" com os aposentados, agricultores e professores, e "tchutchuca com a turma mais privilegiada do País".
Em aparte, o deputado Heitor Férrer (SD) declarou que a Petrobras tem que competir no mercado e deve se adequar aos movimentos do mercado, ou irá perder competitividade e quebrar. “A Economia não permite gracinhas”, comentou.
Para o deputado Manoel Duca (PDT), o presidente agiu para evitar uma nova greve de caminhoneiros. Ele acrescentou que o prejuízo da Petrobras de R$ 32,4 bilhões será recuperado. O parlamentar acredita que o presidente teve boa intenção e “não irá mais interferir se for convencido pela estatal".
O deputado Carlos Felipe (PCdoB) lembrou que houve outros episódios em que decisões de Jair Bolsonaro foram criticadas, como o decreto que acabou com a tarifa de importação do leite, depois zerar tarifas de parte do trigo americano vendido no Brasil, entre outras decisões que prejudicaram produtores brasileiro. Carlos Felipe considera o Governo Federal “sem rumo e despreparado” e cobrou projetos para gerar emprego e diminuir a desigualdade.
Já o deputado Elmano Freitas (PT) explicou que o mercado tem interesse no aumento, “mas o preço deve ser regulado de acordo com o interesse público”. Para o parlamentar, Jair Bolsonaro “é despreparado. "Se ele acha que o aumento do diesel vai trazer problemas para a economia, tem que ouvir equipe econômica e fazer de maneira equilibrada”, sugeriu.
JM/AT