A parlamentar recordou alguns direitos alcançados ao longo da história. “Muitas mulheres foram a luta no passado para que hoje pudéssemos ocupar os lugares que ocupamos hoje. A igualdade de direitos veio de forma muito lenta, como o direito a votar apenas em 1932”, relembrou.
Augusta Brito destacou ainda a Lei Maria da Penha como a mais eficiente do mundo, apesar de lamentar que não resulte na redução de crimes. “Apesar da Lei Maria da Penha punir agressores pelo feminicídio, os crimes contra a mulher não diminuíram. Precisamos trabalhar muito a questão do machismo, levando a compreensão de que não há superioridade entre gêneros”, salientou.
Políticas públicas de proteção a mulher, como a Casa da Mulher Brasileira e o anúncio recente da Casa da Mulher Cearense também foram citadas pela deputada. “Quero parabenizar aqui os funcionários da Casa da Mulher Brasileira pelo excelente serviço que prestam no acolhimento e enfrentamento das agressões. Esse apoio às mulheres em situação de risco é essencial”, declarou.
A parlamentar observou ainda sobre o caso Marielle. “Se pararmos para pensar, várias mulheres que se destacam são vítimas de violência. Hoje voltamos a ver o caso da Marielle Franco nos jornais, pois faz um ano do crime e encontraram dois suspeitos. É importante saber quem cometeu o crime, e mais importante ainda, saber quem mandou. Marielle foi morta por ser uma mulher negra que se destacou na política. Homens não aceitam mulheres de sucesso”, avaliou.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) lembrou da importância de se trabalhar o ponto de vista educacional em relação a crimes cometidos contra as mulheres. “Parabenizo a deputada Augusta por levantar tão bem a bandeira em defesa das mulheres. É preciso penalizar agressores e educar a população para reduzirmos os casos de violência”, afirmou.
LA/AT