A parlamentar se referiu ao desfile da escola de samba Gaviões da Fiel, de São Paulo, que encenou uma disputa entre Jesus e o diabo, e à cena publicada em rede social pelo presidente da República Jair Bolsonaro, em que um homem urina em outro durante a apresentação de um bloco de rua.
Ela salientou que pretende desarquivar projeto de sua autoria na Casa proibindo no Estado a “ridicularização” das religiões em espetáculos e outras manifestações artísticas.
“Proposições como essa minha em âmbito federal poderiam ter impedido encenações patéticas e ridículas como essa da Gaviões da Fiel. Foi um episódio que chamou a atenção para a necessidade urgente de defendermos leis que punam quem achincalhar símbolos religiosos”, apontou Dra.Silvana.
Em relação ao episódio denunciado pelo presidente Bolsonaro, a deputada avaliou que o erro cometido por ele foi “não ter mandado prender os envolvidos”. “Aqueles dois imorais deveriam estar presos, por praticarem aquele ato sexual libidinoso exposto para todo mundo. As pessoas têm que cumprir as leis neste País”, assinalou a parlamentar.
Ela ressaltou que respeita a tradição e quem gosta de Carnaval, mas quem se diverte de forma decente. “As pessoas têm o direito de se divertirem, mas guardando os limites da ética, da moral e dos bons costumes. O meu discurso não é moralista, é maternal, pois falo em nome das mães que não se sentiram confortáveis com aquelas imagens”, pontuou.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) condenou o ato praticado pelos homens denunciados por Bolsonaro, mas criticou o presidente por divulgá-lo.
“Esperava do presidente, e ainda espero, uma postura presidencial mais ligada à liturgia do cargo, e entendo que não cabia a ele postar este tipo de conteúdo”, comentou o deputado.
Ainda de acordo com João Jaime, tudo o que o presidente fala tem grande repercussão, e se o intuito dele era criticar e mostrar que o Carnaval tomou um rumo não desejado, a atitude dele foi pior e mais lamentável do que o fato denunciado.
Já o deputado Acrísio Sena (PT) esclareceu que o Código Penal já pune comportamentos obscenos como o denunciado por Bolsonaro. “Não precisa o presidente mandar prender ninguém, e ele acabou sendo mais obsceno em publicizar aquilo do que os próprios que o praticaram”, opinou.
RG/LF