Renato Roseno salientou que, em novembro de 2015, um dia antes da chacina, houve o assassinato de um oficial de segurança pública no bairro Messejana. “Um dia depois, durante a madrugada, 11 pessoas foram mortas, entre elas nove adolescentes, em retaliação ao assassinato do policial”, relembrou.
O deputado ressaltou que, durante as investigações, foram indiciados 38 agentes de segurança pública, entre policiais civis e militares, e denunciados 45 policiais. “Mil e noventa e oito dias até hoje se passaram, e tudo o que as famílias dos mortos querem é justiça e paz”, disse.
O parlamentar destacou um projeto de autoria dele, aprovado na Assembleia Legislativa, que institui a Semana Estadual de Prevenção de Homicídios na Adolescência. “Lembrando essa chacina e outros milhares de homicídios na adolescência, essa semana veio como um alerta da necessidade de ter uma agenda para a prevenção de homicídios”, apontou.
Segundo Renato Roseno, dos 119 bairros de Fortaleza, 17 concentram as mortes de jovens. “Tudo aquilo que é previsível pode ser remediado. É extremamente necessário cobrar um controle da violência, além de justiça para o crescente número de assassinatos”, afirmou.
O deputado enfatizou ainda que, nessa segunda-feira (12/11), foi realizado o primeiro evento da Semana Estadual de Prevenção de Homicídios. “É triste ouvir relatos de mães que perderam seus filhos e lutam para que outras mães não passem por isso. O Governo do Estado e a Prefeitura de Fortaleza precisam desenvolver políticas de combate à violência que possam efetivamente erradicar os homicídios de adolescentes”, pontuou.
Em aparte, a deputada Fernanda Pessoa (PSDB) parabenizou o pronunciamento do parlamentar e se solidarizou com as famílias enlutadas pela Chacina da Grande Messejana. “É necessário buscar políticas públicas para minimizar a violência urgente”, afirmou.
O deputado Carlos Felipe (PCdoB) elogiou o trabalho do Comitê de Prevenção de Homicídios na Adolescência. “Esse é um trabalho incrível, que não pode ficar em vão. A Casa precisa cobrar ações em cima desse trabalho que foi feito”, disse.
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