Conforme esclareceu o parlamentar, a médica teria sido surpreendida no final da manhã de quinta-feira (25/10) pela decisão do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) de que não continuaria prestando serviços como pediatra na instituição. A comunicação chegou à médica por meio de um telefonema do presidente da Cooperativa dos Pediatras, Dr. Osmiro Barreto. Boa parte dos profissionais médicos que trabalham no HGF, que pertence ao Governo do Ceará, é contratada via cooperativas profissionais.
Para o deputado, o caso é um claro exemplo de intolerância e abuso de poder, pois bastou passar o período eleitoral para que a profissional com 15 anos de atuação fosse demitida. “Poderia se pensar que ela não cumpriu com sua conduta ética profissional, mas é questão política. Cabe ao Tribunal Superior Eleitoral penalizar qualquer candidato, mas pós-eleição, um gestor alegar postura política para demitir um servidor?
Carlos Matos criticou ainda o fato da profissional sequer ter tido direito de defesa, pois outras profissionais também filmaram as dependências do hospital e continuam trabalhando normalmente. “Ela sequer foi notificada. E isso não nos surpreende. Acabaram com o TCM para enterrar o Domingos Filho, um inimigo político. Estão fazendo o mesmo agora”, opinou.
O deputado questionou ainda qual teria sido a falha da médica e por que o Governo do Estado não se manifesta sobre o afastamento. “Isso só endossa uma clara perseguição política. Muitos cearenses morrem por ineficiência do Estado e ninguém é afastado por isso. Isso precisa ser esclarecido”, cobrou. LA/AT