O parlamentar fez um balanço da disputa eleitoral, ressaltando que a campanha deste ano foi uma das mais diferentes. “O fundo eleitoral criado com recurso público veio para favorecer os amigos dos reis dos partidos. Os deputados estaduais ficaram a ver navios. Foram favorecidos deputados federais, especialmente os que já tinham mandato, ou seja, a lei foi criada para a Lava Jato, para proteger os que estão afogados na corrupção”, disse. Ele ressaltou ainda que, por causa desse modelo de financiamento de campanha, bons quadros serão excluídos da política.
Carlos Matos afirmou que, mesmo enfrentando dificuldades para implementar algumas políticas públicas, conseguiu trazer melhorias para o Estado. De acordo com ele, ações sugeridas na Comissão Especial de Acompanhamento das Obras do Rio São Francisco e na Frente Parlamentar de Combate ao Mosquito Aedes Aegypti, colegiados que presidiu, foram adotadas pelo Governo do Estado.
O deputado reclamou ainda da celeridade com que proposituras importantes têm tramitado na Casa, sem, segundo ele, dar tempo para que os parlamentares discutam as matérias. Ele citou como exemplo a proposta que, conforme ele, trata da venda de parte do Porto do Pecém.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (Pros) destacou o papel do Legislativo de elaborar leis, fiscalizar e debater temas de interesse da população. Entretanto, ele disse que existe uma submissão desse Poder ao Executivo, o que enfraquece os parlamentos. Seguindo a mesma linha, o deputado Ely Aguiar (PSDC) afirmou que a Casa “tem referendado o que o Governo manda”.
O deputado Leonardo Pinheiro (PP) elogiou a atuação de Carlos Matos à frente das comissões especiais. “Foi muita dedicação e o colega se empenhou muito. Você fez uma oposição de qualidade, construtiva”, acrescentou.
LS/RM