O parlamentar destacou estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), contatando que foram exportados em junho deste ano um valor recorde. Ou seja, 72,6% a mais que igual período do ano passado.
Outro destaque é o reconhecimento, por parte do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), como um dos estados brasileiros com melhor cobertura de vacinação contra o sarampo. De acordo com ele, todas essas conquistas se devem às políticas promovidas pelo Governo Camilo Santana.
Ele comparou as dificuldades enfrentadas pelo Ceará com as que o Brasil passa e concluiu que os maiores problemas são inerentes, não ao Estado, mas ao sistema econômico do qual fazemos parte, o capitalismo. “Nenhum governo estadual vai resolver certas coisas. Apenas o povo e a organização da luta pelos direitos pode ocasionar essa mudança estratégica profunda que tanto carecemos”, disse.
Para o parlamentar, o impeachment de Dilma Rousseff e a ascensão de Michel Temer, que ele qualifica com golpe político, aprofundaram ainda mais o fosso social, retirando direitos de trabalhadores e concentrando ainda mais os recursos nas mãos de poucos.
Em aparte, o deputado Dedé Teixeira (PT) questionou o discurso de alguns parlamentares de oposição. “Enquanto uns trazem informações incompletas, com o objetivo de mostrar apenas o lado negativo, outros agem como se o Governo nada fizesse não reconhecendo grandes esforços que estão sendo concretizados e mostrando resultados.Não reconhecer concursos, promoções, convocações, e todo tipo de melhoria que o Estado protagoniza é um absurdo que não podemos permitir”, disse.
O deputado Carlos Felipe (PCdoB) alertou que novo gestor do País deve olhar para a emenda constitucional nº 95, que estabelece um teto para os gastos públicos. “A situação antes de Temer que já não estava tão boa, piorou com a aprovação dessa emenda. E se esse ano está ruim, ano que vem vai ser pior. O Estado, sozinho, não resolve os problemas na totalidade”, refletiu.
Já o deputado Fernando Hugo (PP) considerou que Michel Temer “é cria de Lula, uma relação estabelecida com o intuito de eleger Dilma Rousseff duas vezes”. “Então, não vamos imputar a culpa apenas ao Michel Temer, como se tudo tivesse começado com ele”, pontuou.
Fernando Hugo também destacou a necessidade de uma mudança profunda, sistemática, eleitoral. “É preciso mudar todo esse sistema inoperável e nojento que obriga qualquer presidente a se associar criminosamente para poder aprovar um projeto que seja. Mudar apenas de nome não basta”, afirmou.
PE/AT