Conforme explicou Elmano Freitas, o setor farmacêutico tem experimentado um crescimento econômico em torno de 10% ao ano, desde 2016. Como evidência desse desenvolvimento, o deputado apontou a abertura de um grande número de estabelecimentos na Capital e no Interior. “São farmácias localizadas em esquinas movimentadas, com imóveis caros”, disse
O parlamentar revelou que o setor, no ano passado, registrou faturamento da ordem de R$ 98 bilhões. E, mesmo com a crise econômica do País, tem-se expandido. Para o deputado, a reforma das leis trabalhistas está permitindo que o patronato desconsidere as conquistas dos trabalhadores. “A negociação dos farmacêuticos é o empobrecimento dos que trabalham. Durante anos, fui advogado de sindicato. Aprendi que, quando tem crise econômica, dizem que não podem dar reajuste, mas quando há crescimento, também não querem transferir os benefícios para os trabalhadores”, afirmou.
Conforme esclareceu Elmano Freitas, a atual proposta é de reajuste de 2%, com a retirada da gratificação de titulação de 15% dos farmacêuticos no 13º salário e nas férias. “A categoria tinha 3% de gratificação a cada triênio de fidelidade à empresa. Estão propondo que o benefício seja somente a cada cinco anos. O vale alimentação de 10,00, de acordo com a proposta patronal, será aumentado em R$ 0,21. E tem gente que acha que não se está querendo tirar direitos trabalhistas no País”, ressaltou.
Além disso, acentuou Elmano Freitas, o sindicato patronal quer também aumentar o desconto salarial de 1% para 6%, para o pagamento do vale-refeição, reduzindo, na prática, o valor do vale-refeição.
O deputado petista denunciou ainda que o sindicato patronal está querendo receber a lista de todos os trabalhadores que participarem de assembleias da categoria. Segundo Elmano Freitas, essa lista será utilizada para perseguição dos trabalhadores e demissão dos que participaram da campanha salarial.
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