Ele citou o caso do senador Aécio Neves (PSDB/MG), que, conforme observou, deve se tornar réu no próximo dia 17 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Trata-se de um delinquente que enganou a todos, até a mim, e que ainda não foi punido, pois vive sobre a proteção do foro”, assinalou. Para o deputado, o benefício deve permanecer, porém, limitando-se aos presidentes da República, do Congresso, do STF, “e talvez das câmaras estaduais”.
Em aparte, o deputado Capitão Wagner (Pros) afirmou que todo indivíduo que tenha praticado algo ilícito, independente de partido, deve ser punido. “É dever de todos nós cobrar o fim do foro privilegiado, pois ele mais prejudica do que beneficia, sob o manto de proteção à democracia”, avaliou.
De acordo com o deputado Leonardo Araújo (MDB), para que a Justiça seja feita, é preciso que criminosos sejam punidos imediatamente após o julgamento em primeira ou, no máximo, segunda instância. Segundo ele, mesmo com a “morosidade” da Justiça brasileira, seja pela burocracia ou pela quantidade de processos, a decisão de punir criminosos logo após o julgamento “é uma modernidade presente no mundo inteiro e que o Brasil precisa aderir”.
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