Para o deputado, descumprimento ocorre porque a Assembleia não se impõe. “Aqui se transformou em casa de homologação. Se a iniciativa tivesse sido do Governo do Estado, estaria sendo cumprida”, considerou. Ele comparou a “caderneta da saúde”, distribuída pelo Ministério da Saúde, com cartilha produzida pelo ex-deputado federal Carlos Marighela, que liderou a luta armada contra a ditadura militar, morto em novembro de 1969, em uma emboscada de agentes do Dops, em São Paulo.
Segundo Ely Aguiar, a “esquerda”, que, no passado, produziu cartilha com orientações de guerrilha urbana, agora pretende difundir o marxismo cultural, através da cartilha do Ministério da Saúde do atual Governo. “Carlos Marighella tinha uma cartilha da guerrilha urbana, que orientava a luta armada. Vem agora o marxismo cultural, sendo introduzido nas escolas, universidades e emissoras de televisão”, disse.
O deputado também se solidarizou com os jornalistas que encontraram resistência popular na cobertura da prisão do ex-presidente Lula. “Minha solidariedade aos 12 jornalistas covardemente agredidos na manifestação a favor de Lula. Várias notas de apoio foram lançadas, inclusive da Associação Brasileira de Imprensa. Teve repórter que levou um tabefe, um fotógrafo foi atingido com ovos", acrescentou.
Ely Aguiar assinalou que ficou “extremamente” preocupado quando o ex-presidente teria afirmado que iria regulamentar a imprensa. Segundo ele, essa regulamentação só acontece em países como Cuba e Coreia do Norte.
O parlamentar considerou que o País vive uma insegurança jurídica, quando o Supremo Tribunal Federal decide de acordo com os interesses de cada ministro. “Não podemos viver esse clima. Estamos passando um momento parecido com 1964, quando o então presidente João Goulart queria que a população se armasse”, pontuou.
Ely Aguiar lembrou que, no passado, aviões brasileiros eram sequestrados e mandados para Cuba, e havia assaltos a bancos. Ele comparou esse momento da história à agressão de empresário por um ex-vereador do PT. “É essa a política que queremos? Não é esse o País que nós queremos”, respondeu.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PP) disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) envergonha até ele mesmo. O Supremo se autoflagela. Amanhã prenuncia-se mais um dia circense no STF. “O ministro Marco Aurélio Melo, se fizer questão de ordem, dará o final de uma jurisprudência de dois anos da prisão em segunda instância. Os ricos têm advogados e nunca irão presos. Irão acabar a Lava Jato e oficializar a esculhambaria”, comentou.
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