De acordo com Tomaz Holanda, o momento é oportuno para uma investigação de caráter nacional sobre a atuação do crime organizado em todo o País. “Entendo que essa investigação deve ser uma prerrogativa dos nossos congressistas em Brasília, pois o Ceará não produz arma e nem droga, já que elas passam pelas fronteiras”, apontou.
O deputado também defendeu a compra e utilização de veículos blindados pelas autoridades cearenses, contestando questionamentos de parlamentares na Casa sobre a prática. “O Estado precisa ter e oferecer esse serviço, como um reforço à segurança, quando solicitado por autoridades que visitam o Ceará”, assinalou.
Em aparte, o líder do Governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), salientou que a compra de veículos blindados para autoridades cearenses e utilização para visitantes oficiais é uma prática antiga, comum e protocolar de todos os governos de Estado.
“Querer fazer desse assunto uma regalia do governador Camilo, fazendo um link com os episódios recentes de violência registrados no Estado, é querer criar uma situação inexistente e não ser transparente com a sociedade cearense”, pontuou Evandro Leitão.
Para o deputado Moisés Braz (PT), ninguém está satisfeito com a situação de insegurança vivenciada no Ceará, mas precisa haver o reconhecimento dos esforços que o governador Camilo Santana tem empenhado na questão.
O deputado Ferreira Aragão (PDT) argumentou que a utilização de veículos blindados por autoridades “é uma prática que pertence ao cargo ocupado, e não à pessoa que o ocupa, portanto é um amparo e respaldo de segurança oferecido a quem necessita, pelos riscos da sua posição”.
O deputado Fernando Hugo (PP) também defendeu que autoridades políticas tenham o direito a utilizar veículos blindados. “Não é luxo nem demonstração de fortunamento, pois é um ato protetivo constitucionalmente estabelecido, e é uma bobagem querer misturar isso com segurança pública”, comentou.
Já o deputado Elmano Freitas (PT) cobrou serenidade na discussão sobre a segurança no País, lembrando o episódio da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol), assassinada na quarta-feira (14/03). “Precisamos ser serenos diante de situações concretas em que autoridades políticas são mortas em seus veículos por denunciar irregularidades. Ela merecia andar com carro blindado, da mesma forma que secretários de segurança e delegados civis que enfrentam situações perigosas”, destacou Elmano Freitas.
RG/AT