Segundo o parlamentar, a modalidade educacional não tem controle adequado e é prejudicial. “Muitos cursos não estão regulamentados pelo Ministério da Educação, e a oferta do ensino a distância causa um descontrole e uma expansão de profissionais sem referência”, assinalou.
Carlos Felipe ressaltou que os cursos de EAD são ofertados com preços baratos e, sem o devido controle, profissionais serão formados de maneira irresponsável. “A área da saúde precisa da prática sendo controlada de perto. Sem esse controle, a população é a maior prejudicada, já que esses profissionais cuidam do povo”, apontou.
O deputado enfatizou a necessidade de debater mais o assunto e buscar soluções para os problemas apresentados. “Muitos polos de educação a distância não cumprem as vistorias e nem têm competência para isso”, lembrou.
O parlamentar acrescentou que, nesta sexta-feira (15/12), a partir das 15h, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa vai debater, no Crato, a reestruturação do Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará (Issec). “Convido os deputados para discutir com todos os servidores esse projeto de reestruturação”, afirmou.
Em aparte, o deputado Dr. Santana (PT) ressaltou que, em muitas cidades do Interior, faltam médicos. “A forma mais rápida de resolver esse problema é estimular os cursos na área da saúde, porém com fiscalização e qualidade. Não podemos formar profissionais de baixo nível para tratar a população”, pontuou.
Já o deputado Fernando Hugo (PP) explicou que, no Estado, existem poucos hospitais-escolas, o que prejudica a formação de novos profissionais. “Temos, hoje, 11 cursos de Medicina, e estão prometidos mais cinco cursos. Onde esses profissionais vão aprender? A formação médica precisa de acompanhamento nos ambulatórios para que o aluno se afirme e aprenda”, argumentou.
GM/PN