Para Capitão Wagner, “diversos aliados do prefeito subiram na tribuna da Assembleia imediatamente após a decisão para defendê-lo cegamente, sem sequer se darem ao trabalho de ler o processo”.
Segundo o parlamentar, as argumentações do magistrado que baseiam a decisão são consistentes e apontam que muitas testemunhas relataram a compra de votos.
“Já vejo os aliados do prefeito e do grupo político a que ele pertence tentando descredenciar o juiz que proferiu a decisão, acusando-o de perseguição. Quando a Justiça cearense afasta liminarmente qualquer prefeito que seja, não vejo essas críticas, mas quando é o irmão do ex-governador o comportamento é outro”, avaliou Capitão Wagner, acrescentando que “sempre que alguém contraria o grupo que está no poder do Estado, ou tentam cooptar essa pessoa ou denegrir sua imagem, pois só eles falam a verdade”.
O deputado também comentou sobre denúncia, que circula nas redes sociais, do ex-gerente de obras do Consórcio do Porto do Pecém, Emanuel Adeodato Pinheiro, que aponta esquema de corrupção envolvendo a empresa Marquise e o então Governo Cid Gomes.
“São acusações sérias as desse engenheiro, que trata do desvio de recursos públicos na gestão passada do governo e da destinação de percentuais desses recursos para o grupo político do ex-governador Cid Gomes. As investigações podem revelar um esquema muito semelhante ao do escândalo da Petrobrás, em algo que aguardamos o acompanhamento do Ministério Público”, assinalou Capitão Wagner.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) salientou que as suspeitas de irregularidades no consórcio do Pecém não são novidade. “Já há alguns anos fizemos um requerimento aqui na Casa pedindo explicações do Executivo sobre esse consórcio, mas a base do Governo, na época, decidiu que não precisava investigar nada. O que acontece é que o tempo vai desenterrando tudo e trazendo as coisas à tona”, lembrou.
RG/PN