O parlamentar destacou que hoje está sendo lançado, no Palácio da Abolição, o programa, com as presenças do governador Camilo Santana, do senador Eunício Oliveira (PMDB/CE) e do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio. De acordo com Roberto Mesquita, há também recursos federais envolvidos que serão liberador pelo presidente Temer.
“Porém o nome de Temer é totalmente omitido, da mesma forma que foi quando o Governo Federal liberou R$ 400 milhões para a conclusão do projeto de transposição do rio São Francisco. É uma propaganda enganosa para, através do engano e do engodo, salvarem os mandatos”, afirmou o deputado.
Roberto Mesquita disse considerar “um absurdo” que as principais lideranças do Estado, Roberto Cláudio, Camilo Santana e Eunício Oliveira, estejam se “banqueteando” no Palácio da Abolição, enquanto pacientes estão sofrendo com a falta de medicamentos no hospital de Messejana.
“Era preciso cancelar o banquete e comprar o que está faltando no hospital de Messejana”, disse. Roberto Mesquita também considerou desnecessária a compra de um helicóptero por R$ 40 milhões para transportar órgãos, enquanto não há sequer fio para fazer sutura dos transplantados.
Na avaliação do parlamentar, criou-se uma estratégia de marketing para evitar que o nome de Temer apareça nos acordos firmados pelo Governo do Estado e Prefeitura. "Os recursos divulgados são provenientes do Governo Federal. Escondem o Temer como o diabo se esconde da cruz”, disse.
Roberto Mesquita lembrou que as mesmas estratégias de marketing foram também efetivas em eleições passadas, quando a segurança pública foi apontada como a principal peça de campanha eleitoral, quando 1.400 pessoas morriam por ano em assassinatos. “Mas se ganhou eleição e foi implantado o programa Ronda do Quarteirão, o maior fracasso, em todas as áreas”, acrescentou.
Para o deputado, o Governo Estadual trabalha só para a mídia, fazem maquetes de obras e tiram fotos ao lado. “Agora fazem acordo de toda natureza para pegar o dinheiro do Temer, e tentam esconder a verdade."
Em aparte, o deputado Renato Roseno (Psol) afirmou que o PMDB é golpista e que vivemos em um estado pós-democrático. “Há apenas um programa de governo em favor do rentismo, a incoerência gera deslegitimidade."
O deputado Ely Aguiar (PSDC) afirmou que, na realidade, a população está vendo tudo isso. Havia troca de insultos, e agora a gente vê que a política é dinâmica e cínica. A situação é complicada, e vamos aguardar o que acontecerá daqui para a frente. Se Temer não liberar, o dinheiro não chega”.
JS/AT