Segundo o parlamentar, as funções são inerentes a funcionários servidores públicos, concursados, com capacidade técnica. “Os cargos que não são essenciais à fiscalização, ele (governador) pode mexer e colocar o povo dele lá. Mas os que são de origem técnica ao desenvolvimento do andamento dos trabalhos devem ser mantidos”, disse.
O parlamentar comunicou que vai apresentar emenda à matéria, para que mantenham os seis cargos essenciais. Caso contrário, entende que a categoria deve paralisar as atividades. “No caso, a greve é legítima. Eles vão paralisar se o governador não sentar à mesa e a nossa emenda não for aprovada. Quem vai pagar é o povo do Ceará”, afirmou.
Entre as funções estão gerentes de avaliação de risco, de gestão de risco, auditoria da agroindústria e inspeção de insumos e serviços, auditoria de propriedade rural, emergência e comunicação de riscos de treinamento. “Estamos assinando um cheque para que o governador Camilo Santana pegue um advogado ou uma pessoa de nível médio e bote lá, para ser gerente de riscos e treinamento de vacinação de febre aftosa”, refutou.
O peemedebista destacou a relevância do trabalhos. A Adagri tem desenvolvidos funções de forma relevante e combativa. Tanto é que o Ceará, até 2015, era o melhor avaliado em termos de vacinação pela febre aftosa. Em 2016, em virtude de uma perseguição por parte do Governo aos servidores, houve greve, e o Estado caiu, no Nordeste, do primeiro lugar para o penúltimo”, pontuou.
Leonardo Araújo lembrou que, à época da greve, em maio de 2016, o secretário sentou com a categoria e assumiu alguns compromisso para encerrar a greve. Um dos compromissos foi em relação à implantação de cinco ascensões funcionais. “Nos encontramos em maio de 2017 e implantaram apenas três. Comprometeram-se até fevereiro de 2017 com a insalubridade, e até esta data estão silentes secretaria e Governo; isso está registrado em ata na SDA (Secretaria de Desenvolvimento Agrário)”, elencou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) afirmou que não há relação mais digna do que quem entrou por concurso. “O terceirizado presta bom papel, mas não existe relação duradoura. Lamento que haja esvaziamento da Adagri e que políticas públicas tão essenciais estejam sendo colocadas em segundo plano”.
O deputado Carlos Matos (PSDB) endossou o pronunciamento, salientando que há uma politização das agências. Segundo ele, a Adagri é uma agência eminentemente técnica, livre para atuar. Para ele, é inadmissível “uma agência que foi criada com rigor técnico e grande missão estar sendo usada como instrumento político”.
O deputado Audic Mota (PMDB) disse ser defensor das melhorias dos servidores da Adagri, que merecem toda a atenção necessária e possível do Governo do Estado. “Um dos desafios do Ceará é a Adagri. Estou à disposição para ajudar o Governo, servidores e esta Casa, para enaltecer o papel da Adagri ao ponto que ela merece e deve”, afirmou.
LS/AT