De acordo com ele, a paralisação “não é de partido e nem de centrais sindicais, mas de todos os trabalhadores, que estão tendo seus direitos tomados pelo Governo Michel Temer”.
O petista lembrou todas as medidas “antipopulares” tomadas pelo Executivo Federal, que, segundo ele, refletem a “falta de compromisso dos governantes com o povo pobre do Brasil”.
Dr. Santana citou o congelamento dos recursos para saúde e educação pelos próximos 20 anos; a legalização da terceirização, que, conforme observou, retira direitos dos trabalhadores terceirizados, e a proposta de reforma da Previdência Social.
“O objetivo, com essas mudanças, é aprofundar a exploração dos trabalhadores, reduzir os salários e aumentar a jornada de trabalho. É reduzir custo com o trabalhador, e não gerar emprego”, avaliou.
O parlamentar comentou, ainda, que o Governo Temer “não possui legitimidade moral para realizar essas mudanças, até porque o povo não foi consultado”. De acordo com ele, se essas propostas passassem pelas urnas e pelo crivo do povo, elas não seriam aprovadas.
“Implantar essas medidas é que foi o objetivo do golpe que retirou Dilma Rousseff do poder, e só quem sairá beneficiado com isso são os grandes bancos, aliados do governo golpista”, criticou.
Em aparte, a deputada Rachel Marques (PT) ressaltou que o povo “é contra essas mudanças”. Ela afirmou que há estudos mostrando que essas mudanças são desnecessárias para o País. Para Rachel Marques, o objetivo delas é “colocar nas costas dos trabalhadores as consequências de uma crise que não foi provocada por eles”.
Já o deputado Carlos Felipe (PCdoB) informou que pesquisas realizadas pelo Instituto Vox Populi apontam que um em cada 20 brasileiros é a favor das mudanças promovidas por Michel Temer. Além disso, 70% da população é favorável ao impeachment do presidente. “São mudanças de impacto, que afetarão nossas vidas e de nossos filhos e netos. Não é uma luta de centrais sindicais, e sim de todos os trabalhadores do Brasil”, defendeu.
PE/GS