A parlamentar também frisou que "não há nenhum partido por trás desse movimento, mas sim o legítimo direito de lutar contra a subtração de direitos através das reformas trabalhista e da Previdência, que trarão a miséria de volta para o País”.
De acordo com Rachel Marques, a greve geral tem, inclusive, o apoio de centrais sindicais que até há pouco tempo estavam alinhadas com o Governo “golpista” de Temer. Disse ainda desconhecer qualquer notícia de que a greve esteja sendo marcada para haver bandalheira. “O movimento é contra retrocesso de direitos que foram conquistados ao longo da história.”
A petista lembrou que a última greve aconteceu em 1996 e, na próxima sexta-feira haverá outra “que vai parar o Brasil”. Segundo ela, os sindicatos decidiram parar após ser analisada “a grave” situação do Brasil. Por isso, explicou, as centrais sindicais conclamam a todos os trabalhadores a paralisar as atividades.
Na avaliação de Rachel Marques, a classe trabalhadora não aceitará o projeto de terceirização dos postos de trabalho e as reformas trabalhista e da Previdência. Segundo ela, trata-se do desmonte da Previdência pública a retirada dos direitos trabalhistas. “Assinam a nota de convocação as centrais sindicais CTB, CSB, Nova Central, Força Sindical, UFT, CUT, Intersindical e CT Conlutas". A parlamentar acrescentou que já aderiram ao movimento trabalhadores nos setores de transporte, petroleiro, educação, Polícia Civil, comércio, construção civil, bancário, além de categorias do Poder Judiciário, em vários municípios do Ceará.
Em Fortaleza, conforme Rachel Marques, haverá concentração na praça Clóvis Beviláqua, e a manifestação vai percorrer as ruas do centro da Cidade. Ela esclareceu ainda que em vários municípios haverá atos, bem como em todo o País. “É uma paralisação legítima para dar uma resposta a um governo ilegítimo, que quer fazer um retrocesso inaceitável em relação a direitos.”
A deputada pediu ainda que o deputado Fernando Hugo, que havia declarado que o movimento paredista teria a convocação do PT e seria utilizado para instalar “a anarquia” no País, não nominasse o ex-presidente Lula de chefe de quadrilha. Ela lembrou que não há nenhuma condenação contra Lula, ou comprovação de ter cometido qualquer ato ilegal.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) criticou o movimento dos trabalhadores. Segundo ele, a reforma facilita a criação de novos empregos. O deputado Danniel Oliveira (PMDB) disse que essa greve está sendo aproveitada por pessoas que nunca deram um dia de serviço pelo País.
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