De acordo com o parlamentar, o próprio Estado comete atos de violência, quando não oferece segurança à população e deixa de prestar atendimento aos pacientes da saúde pública. “Quando o Estado presencia atos violentos, como a queima de ônibus, e não apresenta defesas, ele está se negando enquanto estado estruturado”, criticou.
Para Heitor Férrer, a saúde pública passa pela mesma situação quando abandona seus pacientes. O parlamentar leu ainda uma nota da Sociedade Cearense de Terapia Intensiva do Ceará, em que os médicos que atendem nessas unidades dos hospitais públicos denunciam as precárias condições de trabalho.
No caso dos transplantes de órgãos, dos quais o Ceará é recordista, o deputado afirmou que muitos pacientes, após enfrentarem uma fila, receberem um órgão apto e serem submetidos às cirurgias, estão morrendo pela falta de insumos básicos para o pós-operatório. “Ou seja, o Estado está deixando de existir em suas funções básicas”, lamentou.
Em aparte, o deputado Walter Cavalcante (PP) concordou com o momento difícil que o Estado vive. “Não podemos fazer politicagem diante de uma situação como essa. O Governo está tentando acertar, e o secretário de Segurança está à frente das operações combativas. Precisamos nos unir e sugerir ações”, declarou.
LA/AT