Fortaleza, Quarta-feira, 27 Novembro 2024

Pesquisar

Comunicação

Comunicação AL TV Assembleia FM Assembleia
Banco de Imagens Previsão do Tempo Contatos

Programa Alcance

Alece 2030

Processo Virtual

Processo Virtual - VDOC

Legislativo

Projetos / Cursos

Publicações

Login

Cearenses pedem ações urgentes para as mudanças - QR Code Friendly
Quinta, 20 Abril 2017 04:06

Cearenses pedem ações urgentes para as mudanças

Avalie este item
(0 votos)
O deputado Odilon Aguiar foi um dos que reclamaram dos eleitores quanto à escolha dos candidatos, pedindo que o voto seja mais qualificado O deputado Odilon Aguiar foi um dos que reclamaram dos eleitores quanto à escolha dos candidatos, pedindo que o voto seja mais qualificado ( Foto: José Leomar )
O atual cenário político foi o assunto mais comentado nos pronunciamentos dos parlamentares, ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará. Em discursos ou apartes, o que se viu foi a defesa de mudanças no sistema político-partidário, de modo a devolver a credibilidade da classe política, bem como a estabilidade econômica e social do País.   O primeiro a levar o assunto para a tribuna foi o deputado Ely Aguiar (PSDC). Durante mais de trinta minutos, usando seu tempo e o do deputado Audic Mota (PMDB), ele alertou que a população precisa acordar diante do que está sendo proposto pelo Congresso Nacional. "Querem fazer uma reforma política promovida e elaborada por corruptos que estão na Câmara Federal. Como aceitar a elaboração de leis feitas por delinquentes? Qual moral têm esses delinquentes?", questionou Ely.   Para o parlamentar, a solução poderia partir de uma reforma política, proposta "que vem se arrastando há muitos anos. Lembro bem que a ex-presidente Dilma no exercício de seu mandato defendeu um plebiscito por uma Constituinte Política, e conseguiu reunir governadores brasileiros, vários segmentos da sociedade, e debateu essa possibilidade de se fazer essa consulta popular para que fosse introduzido no Brasil esse projeto de reforma política", relatou.   "Mas as pressões foram tantas, principalmente do Congresso, que a ideia acabou indo para a gaveta", contou, usando do espaço para também criticar a proposta que ganha corpo no Congresso, prevendo o sistema de lista fechada nas próximas eleições. "Acho que a população precisa abrir o olho, porque se propõe o formato de lista fechada onde os partidos colocam 10, 20 ou 30 nomes, a população vota nessa lista e o mais votado acaba ficando pra trás", reclamou.   Reforma de pessoas   Em aparte, a deputada Silvana Oliveira (PMDB) ressaltou que há a necessidade de se fazer uma reforma de pessoas e não propriamente política. "Todo mundo fala da Lava-Jato, mas, e quem recebeu dinheiro para dar o voto não participou da corrupção? Acho que esse momento não é de reforma por quem está aqui, mas de pessoas", enfatizou.   Odilon Aguiar (PMB) avaliou que os brasileiros estão constrangidos e tristes diante do que assistem, mas seguiu a mesma linha de raciocínio da deputada peemedebista. "Vejo o País perdido, sem rumo e sem referência. Temos de renascer, mas também temos de ter coragem de falar que, diante dessa problemática, o eleitor tem que fazer autorreflexão", pregou. "Quem está se beneficiando da prática do Caixa 2 não é só o político. O eleitor também tem culpa e deve qualificar mais o seu voto ao selecionar os seus parlamentares. Muitas vezes o individual prevalece. É a realidade".   O orador seguinte, deputado Manoel Santana (PT), disse concordar com a essência do pensamento de Ely Aguiar e apontou que o plebiscito proposto por Dilma seria o caminho para superar a crise política. "Mas esse Congresso não tem legitimidade para fazer qualquer alteração na Constituição. É um Congresso corrompido, fruto de um processo de degeneração de um regime que ruiu e mostra a sua face agora", lamentou.   Ruiu   Roberto Mesquita (PSD) reforçou que o Brasil mantém um modelo político que ruiu, o que exige mudança. "A política precisa ser respeitada. Os que fazem a política e seus modelos merecem os reparos, mas a política é o instrumento mais fácil de modificar a vida das pessoas e precisa ser colocada em um altar". Diante de toda a turbulência, ele apontou algo positivo.   "O tumor suturou. O lado bom é que o que estava escondido apareceu. Nenhum de nós imaginava que o tamanho da chaga era esse. Que havia alguém que influenciava em lei, Medida Provisória, isso assusta", afirmou, fazendo referência às delações da Odebrecht.   O líder do Governo, deputado Evandro Leitão (PDT), apontou que o problema do sistema político se tornou sistêmico. "Você tem de um lado o eleitor, do outro os candidatos, que de alguma forma tentam aliciar o eleitor que, devido as suas condições, termina caindo no aliciamento". Para ele, o momento é de ruptura, de reiniciar e, para isso, só vê a educação como saída. "Você só transforma uma geração através da educação". Evandro ainda colocou que a Lava-Jato já atingiu o Executivo e o Legislativo, mas que falta atingir mais um poder. "Fatalmente, quando chegar nesse terceiro poder (o Judiciário), aí veremos uma hecatombe social em nosso País".
Lido 3686 vezes

Protocolo Digital

PROCON ALECE

Portal do Servidor

Eventos


 

  31ª Legislatura - Assembleia Legislativa do Ceará                                                                         Siga-nos:

  Av. Desembargador Moreira, 2807 - Bairro: Dionísio Torres - CEP: 60.170-900 

  Fone: (85) 3277.2500