O objetivo é “conferir as inovações tecnológicas criadas e adotadas" pelo país na área de recursos hídricos. “Vamos focar na inovação e na aplicação do conhecimento, tendo como exemplo um país cuja matéria-prima de todos os seus produtos é o conhecimento”, refletiu.
O parlamentar explicou que a visita foi solicitada pela Universidade Ben-Gurion, “instalada com o objetivo de alavancar o desenvolvimento do país, e foi isso que fez nos 40 anos seguintes à sua implantação”. Participam da viagem ainda representantes do Governo do Estado, da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade Regional do Cariri (Urca), Universidade Estadual Vale do Acaraú (Uva) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).
Carlos Matos comparou o desenvolvimento de Israel, “e sua matéria-prima, o conhecimento”, ao modelo de desenvolvimento aplicado no Ceará. “Aqui só construímos prédios. Falta ao Governo visão de futuro”, apontou.
O parlamentar criticou a implantação de siderúrgica enquanto “avanço”. “É um avanço se você está nos anos 1970”, disse. Carlos Matos ressaltou que já há contratos com empresas coreanas comprometendo a produção da siderúrgica pelos próximos 30 anos. “Então, não nos tornaremos um polo automobilístico, até porque nem um quilo do que for produzido ficará no Ceará”, afirmou.
O parlamentar disse ainda que o Governo do Estado parece não entender a gravidade da crise hídrica do Estado. “Ao mesmo tempo em que me criticam dizendo que quero comparar o Ceará à Suécia e respondendo que o Ceará tem problemas financeiros, o Governo dispensa mais R$38 milhões para o Acquario Ceará. Não faz sentido”, considerou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) sugeriu que Carlos Matos ministrasse um seminário em seu retorno, expondo o que viu em Israel. “É importante vermos exemplos exitosos para aplicá-los, se for o caso”, ponderou.
PE/AT