De acordo com o parlamentar, a atitude do Executivo contradiz declaração do próprio governador Camilo, que, em dezembro de 2016, declarou publicamente que o Estado não investiria mais no Acquario, adiantando que a construção continuaria por meio da iniciativa privada.
Segundo Capitão Wagner, é preciso dar respostas objetivas à população cearense sobre a questão. “O Governo pode vir com a alegativa de que o equipamento precisa de uma manutenção adequada para ser repassado ao controle da iniciativa privada, como foi decidido no pacote de concessões, mas esses recursos vão ser retirados de outras áreas, pois não estão previstos empréstimos federais para a obra”, apontou.
O deputado criticou ainda o fato de que R$ 5 milhões, dos R$ 38 milhões previstos na licitação, vão ser destinados à construção de praça no entorno do equipamento. “Não só o Governo vai investir dinheiro público, quando disse que não iria mais investir, como vai fazer o trabalho caro e entregar o barato para a iniciativa privada. É muita incoerência e falta de planejamento do Governo do Estado”, salientou Capitão Wagner.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) manifestou incompreensão com a atitude do Executivo. “Essa mudança de posicionamento do governador Camilo só pode ter ocorrido após alguma discussão interna com o seu grupo político, em que entenderam que o fantasma do Acquario poderia ser um inimigo nos palanques do ano que vem, e seria necessário agradar o setor turístico. Mas me causa perplexidade que isso tenha acontecido às escondidas”, pontuou Roberto Mesquita.
O deputado Odilon Aguiar (PMB) também endossou as críticas dos colegas. “Para mim é uma excrescência e um absurdo essa licitação, pois esses recursos não vão ter utilidade nenhuma, já que nem servirão para finalizar o empreendimento”, assinalou o parlamentar.
RG/AT