O ouro do PSB
Didático, o PSB considera que, em determinadas condições de pressão, pode-se elevar a temperatura de uma campanha política além do seu ponto de ebulição,e também admite que sob condições outras, especiais, pode reduzir essa temperatura sem que ela comece a ferver. É a química a serviço da política eleitoral. Os governistas partiram na frente compondo uma chapa de peso e medida com o que há de melhor nos seus dois maiores partidos, PSB e PMDB, com Roberto Cláudio e Gaudêncio Lucena. A aplicação da química fica por conta do senador Inácio Arruda, cuja pressão alicerçada pelo Ibope está nas alturas, mas poderá renunciar à sua privilegiada condição de líder nas pesquisas para aderir à chapa do governador Cid Gomes, em troca do apoio a sua recondução ao Senado Federal. Com menos de um minuto na TV, e sem um Cachoeira para bancar a sua candidatura, provavelmente, faria uma campanha gloriosa para uma derrota gloriosa. O PT poderia lhe dar a mesma promessa. No entanto, sendo um partido de muitas falanges, dificilmente, terá forças para conter as aspirações do deputado José Airton Cirilo que almeja também o mesmo posto. Engordado pelo acordo, o PSB poderá dispor de um trunfo maior para a sucessão estadual de 2014. Acredita que poderá convencer o senador Eunício Oliveira a abandonar a disputa pelo governo para apoiar a candidatura do deputado Roberto Cláudio, cuja renúncia possibilitaria o desembarque do empresário Gaudêncio Lucena na chefia do Executivo Municipal para recuperar o domínio perdido para o PT de Luizianne, na capital do Estado. Se esse laboratório com as variáveis dos seus componentes se prestar ao exercício da alquimia, os governistas vão descobrir a pedra filosofal que busca transformar em ouro, todos os outros metais.
• Experiência. Antes da indicação do candidato do PSB à PMF, o experiente deputado Moésio Loyola, do aliado, PSD, afirmava: “O deputado Roberto Cláudio é o melhor nome, embora os outros sejam ótimos”.