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Secretário de Segurança nega pretensão política - QR Code Friendly
Segunda, 03 Abril 2017 05:07

Secretário de Segurança nega pretensão política

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O secretário de Segurança Pública, André Costa, afirmou que não tem pretensões de ingressar na atividade política e que não está em seu horizonte a disputa por um mandato eletivo. “Confesso que nunca pensei. Estou tão pouco tempo na secretaria e tenho tanto trabalho a prestar, que confesso que nem tempo para pensar sobre isso eu tenho. Hoje, meu tempo é para me dedicar a segurança pública e salvar vidas realmente”, disse André em entrevista a jornalista Kézya Diniz, na rádio Expresso FM.   Apesar de negar a pretensão, ele confirma que tem sido bem recebido pela população. Inclusive, nas ruas, a população já lhe atribui diversos apelidos, dentre eles: “Sérgio Moro do Ceará”, “Capitão André” – referência ao filme Tropa de Elite, além de “Batman” e outros. André Costa acha “engraçado” os comparativos. Entretanto, segundo ele, as comparações demonstram que a população conhece o secretário. “Acho bacana. Mostra que a população está conhecendo o secretário. Acho interessante essas comparações por isso, pois estão participando mais da segurança pública”, frisou o secretário.   Na oportunidade, o secretário fez questão de esclarecer a ideia de que ele é “um secretário de rua ao invés de gabinete”. “Eu sou os dois. Não sou apenas o secretário operacional, mas aquele que está nas ruas também. Todo dia, de segunda a sexta-feira, mesmo com a roupa preta, estou em reuniões, debates dentro e fora da secretaria, porque não posso esquecer que sou um gestor e que um dos papéis de secretário é dar condições para que as polícias trabalhem. Mas, para isso, temos uma série de burocracia e questões a vencer, que demandam esta atividade como secretário. Mas, nas horas vagas. O que seria horas vagas? Nas madrugadas ou logo cedo ou finais de semana, eu aproveito para estar nas ruas, apoiando as operações e falando com os policiais, bombeiros e peritos, até mesmo a população”, disse ele, acrescentando que “esse é o diferencial” no trabalho de segurança pública.   O secretário disse ser bastante ativo nas redes sociais e que, às vezes, aproveita os deslocamentos para interagir com seus seguidores. Ele mesmo manuseia suas páginas oficiais. “São recursos para trazer o diferencial e fazer com que a população participe, assim como policiais que nunca tiveram acesso ao secretário. Precisamos se adequar ao tempo”, afirmou.   Abuso de  autoridade Sobre o projeto de abuso de autoridade em tramitação no Senado Federal, André Costa, preferiu não se manifestar alegando conhecer pouco sobre a proposta. “Conheço pouco. Mas, assim, quem trabalha de forma honesta não deveria estar preocupado com a discussão sobre abuso”, disse, ressaltando que o aumento da rigidez da lei “é algo que não me incomoda”.   Atualmente, o Senado analisa um projeto que modifica a lei de abuso de autoridade. O relator, Roberto Requião (PMDB-PR), apresentou seu parecer na semana passada à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa, definindo como abuso de autoridade atos como o de decretar a prisão de investigados “em desconformidade com as hipóteses legais”, alongar a duração de investigações “sem justificativa” ou iniciar investigações sem provas.   Polícia na Política No Ceará, a relação entre a atividade policial e a política partidária não é nenhuma novidade. O deputado estadual mais bem votado, e principal líder da oposição na Assembleia Legislativa, é um integrante da Polícia Militar, Capitão Wagner (PR). Na Câmara de Fortaleza, o vereador Soldado Noélio (PR) também garantiu sua eleição com o apoio da categoria. Na Câmara Federal, Cabo Sabino (PR) conquistou vaga de deputado e hoje é o coordenador da bancada do Ceará em Brasília. O vice-prefeito de Fortaleza, Moroni Torgan, é delegado da Polícia Federal. E existem, ainda, jornalistas e apresentadores de programas policiais que garantiram mandatos nos parlamentos.
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